betboo güncel-20 anos do tsunami mais mortal: 3 coisas que aprendemos desde a tragédia na Ásia
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O tsunami de 2004 no Oceano Índico foi um dos mais devastadores da história. Ele ensinou algumas lições que foram usadas para aprimorar os sistemas atuais.
Ravindra Jayaratne e Tomoya Shibayama - The Conversation*
Como engenheiros costeiros especializadosbetboo günceltsunamis e preparação para tsunamis, vimos como os eventos de 2004 reformularam nossos sistemas globais de gerenciamento de desastres.
Entre as lições aprendidas desde aquele dia, três se destacam:
1. A evolução dos sistemas de alerta precoce
A ausência de um sistema abrangente de alerta antecipado contribuiu para a devastadora perda de vidasbetboo güncel2004.
Cerca de 35 mil pessoas morreram no Sri Lanka, por exemplo, que não tinha sido afetado até duas horas após o terremoto.
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Desde então, foram feitos grandes investimentos, como o sistema de alerta de tsunami do Oceano Índico, que estábetboo günceloperaçãobetboo güncel27 Estados-membros.
Esse sistema foi capaz de emitir avisosbetboo günceloito minutos quando outro terremoto atingiu a mesma área da Indonésiabetboo güncel2012.
Da mesma forma, quando um terremoto atingiu Noto (Japão)betboo günceljaneiro de 2024, os avisos de tsunami e as ordens de evacuação emitidas rapidamente salvaram vidas.
No entanto, esses sistemas não são usados globalmente e não conseguiram detectar os tsunamis que devastaram as ilhas Tongabetboo güncel2022 após a erupção de um vulcão subaquático no Pacífico Sul.
Nesse caso, um melhor monitoramento do vulcão teria ajudado a detectar sinais precoces de um tsunami.
2. Educação e simulação
Os sistemas de alerta precoce não são suficientes. Ainda precisamos de campanhas de educação e conscientização, simulações de evacuação e planos de resposta a desastres.
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Esse tipo de planejamento mostrou-se eficaz no vilarejo de Jike, no Japão, que foi atingido pelo tsunami de Notobetboo günceljaneiro de 2024.
Depois de aprender com um grande tsunamibetboo güncel2011 (que atingiu a usina nuclear de Fukushima), os engenheiros construíram novas rotas de evacuação para os abrigos contra tsunamis.
Embora a vila tenha sido destruída, os moradores foram evacuados por uma escada íngreme e não houve registro de vítimasbetboo güncelJike.
3. O papel das defesas de engenharia
Nos anos que se seguiram ao tsunami de 26 de dezembro de 2004, os paísesbetboo güncelrisco investirambetboo günceldefesas de engenharia "rígidas", como muros marítimos, quebra-mares offshore e diques de inundação. Embora essas estruturas ofereçam alguma proteção,betboo günceleficácia é limitada.
No Japão, a ideia de que medidas rígidas podem proteger contra a perda de vidas foi descartada, pois acredita-se que tsunamis de grande escala podem superar até mesmo as defesas mais fortes.
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Por exemplo,betboo güncel2011, nem mesmo um quebra-mar de entulho seguido de um muro de cinco metros de altura conseguiu proteger a cidade de Watari. O tsunami cobriu metade da cidade e centenas de pessoas morreram.
Os tsunamis ocorridos nos últimos 20 anos destacaram as vulnerabilidades das estratégias de proteção existentes, e nossas pesquisas de campo mostram que os quebra-mares e outras estruturas foram severamente danificados.
Embora a falha total seja esperadabetboo güncelface de eventos extremos, é essencial que determinadas infraestruturas críticas, como usinas de energia, sejam projetadas para suportar os maiores tsunamis.
Isso requer mais pesquisas sobre projetos de engenharia resilientes que mesmo que possam falhar parcialmente, ainda funcionem.
Após o tsunami de 2011, os engenheiros japoneses criaram dois níveis de medição de tsunami.
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Os tsunamis de nível 1 são mais frequentes (ocorrem talvez uma vez a cada século), mas são menos perigosos.
Os tsunamis de nível 2 são os grandes tsunamis que qualquer área costeira pode esperar apenas uma vez a cada mil anos, aproximadamente: Oceano Índico 2004, Japão 2011.
É para esses tsunamis que a infraestrutura essencial, como as usinas de energia, deve se preparar.
Nada pode impedir completamente um tsunami da magnitude do ocorridobetboo güncel2004, mas o objetivo é que as estruturas transbordem sem serem destruídas.
Eles ainda devem ser capazes de ajudar no processo de evacuação, reduzindo a altura do tsunami e retardando o tempo que ele leva.
Apesar da evolução das opiniões sobre defesas rígidas, ainda é útil construir e planejar áreas urbanas costeiras de forma mais sustentável e responsável.
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Em particular, a infraestrutura crítica e as áreas densamente povoadasbetboo güncelregiões ameaçadas por tsunamis devem ser construídasbetboo güncelterrenos mais altos sempre que possível.
Os desenvolvimentos de engenharia também devem levarbetboo güncelconta as consequências ambientais, inclusive os danos aos ecossistemas e a interrupção dos processos costeiros naturais, e devem considerar soluções baseadas na natureza.
O fortalecimento dos recifes de coral com blindagem de rocha ou sacos de areia pesados e o plantio de florestas costeiras como zonas de proteção podem ser uma opção mais barata e ecologicamente mais sensível do que a construção de muros altos.
Mudanças climáticas e o caminho a seguir
O progresso é inegável. No entanto, os dados sobre tsunamis e terremotos ainda não são amplamente compartilhadosbetboo günceltodo o mundo, e as autoridades e os especialistas locais muitas vezes não conseguem comunicar o risco aos moradores de comunidades propensas a inundações.
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A passagem do tempo pode corroer a memória das melhores práticas de preparação para desastres.
Além disso, a rápida mudança climática está levando ao aumento do nível do mar e a eventos climáticos extremos mais frequentes, como tempestades.
Isso não causa mais tsunamis, mas pode piorá-los e tornar as defesas "rígidas" menos sustentáveis a longo prazo.
Embora ainda existam desafios significativos e urgentes, eles não são insuperáveis. Se continuarmos a aprender mais sobre tsunamis e nos prepararmos para o pior, poderemos minimizar seu impacto e proteger milhões de vidas.
*Ravindra Jayaratne é professor de Engenharia Costeira na University of East London e Tomoya Shibayama é professor emérito de Engenharia Costeira na Waseda University.
*Este artigo foi publicado no site The Conversation e reproduzido aqui sob a licença creative commons. Clique aqui para ler a versão original.
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