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Uma pequena cidade do temperado Canadá pegou fogo, literalmente, na semana passada depois de registrar temperaturas que chegaram a 49,6ºC - uma das mais altas do mundo naquele dia. Na mesma semana, no tropical Brasil,jogos do google doodlecidades do sul do País, os termômetros ficaram abaixo de zero. Os eventos podem ser considerados extremos climáticos relacionados ao aquecimento global? Sim e não, segundo especialistas.
O calor registrado na pequenina cidade de Lytton,jogos do google doodleBritish Columbia, durante três dias seguidos pode ser considerado um extremo climático ligado ao aquecimento global, segundo cientistas. Mesmo levandojogos do google doodleconta o fenômeno La Niña e o aquecimento do Atlântico Nortejogos do google doodlecurso, trata-se de um fato totalmente atípico, que já deixou 500 mortos. Essa região do planeta nunca enfrentou tamanha onda de calor - pelo menos não desde que as temperaturas começaram a ser medidas, há mais de cem anos. No caso das baixas temperaturas no sul do Brasil, dizem especialistas, essa relação não pode ser estabelecida diretamente.
Publicidade"Não dá para botar no mesmo balaio", explica o climatologista Paulo Artaxo, pesquisador da USP e integrante do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU. "No caso do hemisfério norte, essa é a primeira vez que o Canadá apresenta essas temperaturas nos últimos 150 anos. A probabilidade de uma temperatura dessa ser registradajogos do google doodleVancouver se não houvesse mudanças climáticas seria praticamente zero. Temperaturas extremas são previstas como uma das consequências do aquecimento global. Todos os modelos climáticos do IPCC mostram um aumento da frequência e da intensidade de eventos climáticos extremos, como esse."
Coordenador-geral do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o climatologista José Marengo concorda com o colega da USP. "Muitos estudos já demonstraram que ondas de calor nos Estados Unidos estão ligadas às mudanças climáticas induzidas pelas atividades do homem; o fenômeno no Canadá segue na mesma linha", diz Marengo. "Já sabemos também que eventos climáticos extremos estão ligados às mudanças climáticas." Não é o caso do frio no sudeste e no sul do país, segundo os dois especialistas.
"O sul do País recebe frentes frias vindas da Antártida frequentemente", diz o climatologista. "Não é a primeira vez que temos geadajogos do google doodleSanta Catarina e no Paraná; não é a primeira vez que temos temperaturas de 10ºC ou mesmo 5ºCjogos do google doodleSão Paulo. Isso ocorre rotineiramente, praticamente a cada inverno, por alguns poucos dias; não dá pra chamar de evento climático extremo. Se batesse - 5ºCjogos do google doodleSão Paulo e o lago do Ibirapuera congelasse, aí eu chamaria de anormal."
Marengo afirma que o frio no Brasil é um fenômeno meteorológico natural, que já aconteceu outras vezes. "Trata-se de uma frente fria que entrou no País e já está se dissipando", diz. Entretanto, lembram especialistas, o aumento do desmatamento e das queimadas na Amazônia tem um impacto direto nas mudanças climáticasjogos do google doodlecurso no planeta.
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