apoio ao cliente bwin-Como funciona checagem de fake news no Facebook e Instagram — e o que vai mudar

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Mark Zuckerberg anunciou que a Meta vai abandonar a verificação independente de fatos,apoio ao cliente bwinum aceno a Donald Trump. Mas o que exatamente isso significa?
8 jan 2025 - 16h43
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Foto: Getty Images / BBC News Brasil

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A Meta anunciou que está abandonando o uso de checagem independente de fatos no Facebook e no Instagram, substituindo-os por "notas da comunidade",apoio ao cliente bwinum modelo semelhante ao do X,apoio ao cliente bwinque comentários sobre a precisão do conteúdo das postagens são deixados a cargo dos próprios usuários.

O anúncio despertou críticas de ativistas contra o discurso de ódio na internet, que dizem que o ambiente online ficará menos seguro com a mudança. Já outros elogiaram o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, por colocar fim à "censura" no Facebook e Instagram.

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A decisão da Meta vale apenas nos Estados Unidos. A empresa ainda não anunciou nenhuma mudança na checagem de fake newsapoio ao cliente bwinoutros países, como o Brasil, mas avisou que isso vai acontecer no futuro.

Mas como funciona exatamente a checagem independente de fake news no Facebook e Instagram hoje?

Quem faz a checagem de dados do Facebook e Instagram?

A checagem de fake newsapoio ao cliente bwinpostagens não é feita por uma equipe da Meta. Ela é feita por agências credenciadas junto à Rede Internacional de Verificação de Fatos (em inglês, International Fact-Checking Network — ou IFCN), uma entidade não-partidária dedicada à checagem de fake news.

"Não achamos que uma empresa privada como a Meta deva decidir o que é verdadeiro ou falso, e é exatamente por isso que temos uma rede global de parceiros de verificação de fatos que revisam e classificam de forma independente potenciais desinformações no Facebook, Instagram e WhatsApp", diz um post de junho de 2021 do blog da Meta que explica como funciona o sistema.

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"O trabalho deles nos permite agir e reduzir a disseminação de conteúdo problemáticoapoio ao cliente bwinnossos aplicativos", prossegue o texto.

A Rede Internacional de Verificação de Fatos (IFCN) foi criada pelo Instituto Poynter, uma organização sem fins lucrativos que diz ser dedicada à promoção do jornalismo imparcial e ético. A rede foi lançadaapoio ao cliente bwin2015 reunindo a comunidade de verificadores de fatos ao redor do mundo.

O Instituto Poynter é dono do jornal Tampa Bay Times, na Flórida, e concede prêmios a jornalistas americanos consagrados — como Tom Brokaw, Bob Woordward, Carl Bernstein, Anderson Cooper e Katie Couric.

Segundo a Meta, "todos os parceiros de verificação de fatos da Meta passam por um rigoroso processo de certificação com o IFCN".

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Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Para ser um agente de verificação usado pela Meta, é preciso seguir critérios "como não partidarismo e equilíbrio, transparência de fontes, transparência de financiamento e organização, transparência de metodologia e política de correções aberta e honesta".

A aprovação é dada pelo IFCN. No Brasil, as agências certificadas pelo IFCN são a Aos Fatos, Estadão Verifica, Lupa e UOL Confere.

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Nos EUA, há 13 agências certificadas: AP Fact Check, Check Your Fact, El Detector/Univision Noticias, FactCheck.org, Lead Stories, PolitiFact, Reuters, Snopes.com, T Verifica — Noticias Telemundo, The Dispatch, The Washington Post Fact Checker, USA Today e Wisconsin Watch.

Como funciona a checagem de fake news no Facebook e Instagram hoje?

A checagem aconteceapoio ao cliente bwintrês etapas:

1- Identificação de fake news: postagens com conteúdo potencialmente falso são identificadas por usuários e comunidades da Meta ou pelos próprios verificadores de fatos, que têm liberdade para isso. Inteligência artificial também é usada: máquinas identificam sinais como quais pessoas estão respondendo e quão rápido o conteúdo está se espalhando. A Meta redobra os esforços para identificação de conteúdo falsoapoio ao cliente bwingrandes eventos como durante a pandemia, eleições, desastres naturais e conflitos.

2 - Revisão: os verificadores revisam e classificam a precisão das histórias por meio de relatórios, o que pode incluir entrevistas com fontes primárias, consulta de dados públicos e realização de análises de mídia, incluindo fotos e vídeos.

3- Ação: a Meta nunca remove nenhum conteúdo com base nessa checagem, nem bloqueia contas. Conteúdos só são removidos quando existe violação dos Padrões da Comunidade, que são as políticas de uso da plataforma e não têm ligação com o programa de verificação de fatos.

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Os verificadores classificam fatos com falsos. Com base nisso, a Meta reduz significativamente a distribuição desse conteúdo para que menos pessoas o vejam. As pessoas que compartilharam esse conteúdo anteriormente ou tentam compartilhá-lo são notificadas de que a informação é falsa, e é colocado um rótulo de aviso com link para o relatório do verificador de fatos, refutando a alegação com o relatório original.

Como vai funcionar a checagem de fake news a partir de agora?

Mark Zuckerberg anunciou que vai encerrar o atual programa de verificação de fatos por agentes terceirizados nos Estados Unidos e vai a migrar para um programa de "notas da comunidade" —apoio ao cliente bwinque postagens com conteúdo falso são rotuladas com comentários feitos pela comunidade de usuários, e não por verificadores independentes terceirizados.

"Vimos essa abordagem funcionar no X, onde eles capacitamapoio ao cliente bwincomunidade a decidir quando as postagens são potencialmente enganosas e precisam de mais contexto, e pessoas de diversas perspectivas decidem que tipo de contexto é útil para outros usuários verem", justificou a Meta.

"Assim como no X, as Notas da Comunidade exigirão acordo entre pessoas com diversas perspectivas para ajudar a evitar classificações tendenciosas. Pretendemos ser transparentes sobre como diferentes pontos de vista informam as notas exibidasapoio ao cliente bwinnossos aplicativos e estamos trabalhando na maneira certa de compartilhar essas informações."

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O que a Meta alega para fazer a mudança?

Em julho de 2021, a Meta elogiavaapoio ao cliente bwinseu blog os resultados do programa de checagem com verificadores terceirizados.

"Pesquisamos pessoas que viram essas telas de aviso [de postagem com conteúdo falso] na plataforma e descobrimos que 74% delas achavam que viam a quantidade certa ou estavam abertas a ver mais rótulos de informações falsas — com 63% das pessoas achando que eles eram aplicados de forma justa."

No entanto, nesta semana Mark Zuckerberg disse que o programa não está funcionando como proposto.

"A intenção do programa era que esses especialistas independentes dessem às pessoas mais informações sobre as coisas que elas veem online, particularmente boatos virais, para que pudessem julgar por si mesmas o que viam e liam", disse Joel Kaplan, chefe de Assuntos Globais da Meta,apoio ao cliente bwinpostagem no blog da empresa.

"Não foi assim que as coisas aconteceram, especialmente nos Estados Unidos. Especialistas, como todos os outros, têm seus próprios preconceitos e perspectivas. Isso apareceu nas escolhas que alguns fizeram sobre quais fatos verificar e como."

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Críticos dizem que Zuckerberg está apenas tentando se aproximar de Donald Trump
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

"Com o tempo, acabamos com muito conteúdo sendo verificado que as pessoas entenderiam como discurso e debate político legítimos. Nosso sistema então anexou consequências reais na forma de rótulos intrusivos e distribuição reduzida. Um programa destinado a informar com muita frequência se tornou uma ferramenta para censurar."

Críticos de Zuckerberg, no entanto, dizem que a mudança foi feita para aproximar a Meta do governo de Donald Trump.

O que diz o parceiro de checagem sobre a mudança da Meta?

A decisão da Meta de abandonar o sistema de checagem foi criticada pelo Instituto Poynter, do IFCN, o parceiro responsável por indicar as agências terceirizada que hoje realizam a checagem de dados.

O Poynter publicou um artigo intitulado "Meta tentará verificação de fatos por crowdsourcing [colaboração coletiva]. Entenda por que isso não vai funcionar", escrito por Alex Mahadevan, que é diretor do projeto MediaWise, do Poynter, de alfabetizaçãoapoio ao cliente bwinmídia digital, que ensina pessoas de todas as idades a identificar informações falsas online.

"Eu não pensei que isso aconteceria tão cedo, mas os líderes da indústria de tecnologia estão de olho no sistema inovador e barato desde que o Twitter lançou o Birdwatch — agora o Community Notes do X —apoio ao cliente bwin2021. Também tenho observado a plataforma e passei inúmeras horas vasculhando dados das Notas da Comunidade para determinar que a verificação de fatos de crowdsourcing, na forma proposta, não funciona", disse Mahadevan.

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Ele lista três motivos.

1. O algoritmo usado para escolher quais "verificações de fatos" aparecem nas postagens requer concordância de "várias perspectivas". "Em um mundo hiperpolarizado, é quase impossível fazer com que dois lados concordemapoio ao cliente bwinqualquer coisa, muito menosapoio ao cliente bwinfatos que desmascarem a desinformação política", diz Mahadevan.

"No X, menos de 9% das notas propostas terminam com esse acordo. E muito, muito poucas delas abordam desinformação política e de saúde prejudicial. A escala prometida pela verificação de fatos de crowdsourcing é uma miragem."

2. Muitas Notas da Comunidade propostas e públicas ainda contêm desinformação, segundo o diretor da Poynter. "Minhas análises descobriram que os usuários são muito ruinsapoio ao cliente bwinsinalizar postagens que são realmente verificáveis —apoio ao cliente bwingrande parte marcando opiniões ou previsões — e usam fontes tendenciosas, ou outras postagens X, para apoiar suas descobertas", diz.

3. O crowdsourcing como forma de checagem de fatos, embora promissor, ainda estariaapoio ao cliente bwinum estágio experimental.

"Uma análise que fiz com Alexios Mantzarlis, diretor da Security, Trust & Safety Initiative na Cornell Tech, mostrou que as Notas da Comunidade foram ineficazes no dia da eleição. É irresponsável lançar um produto como esse — 'nos próximos meses' —apoio ao cliente bwinplataformas tão grandes como o Facebook e o Instagram", afirma Mahadevan.

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Fontes de referência

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