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Ana Durães traz para São Paulo a partir deste sábado, 18, uma nova mostra com cerca de 20 obras inéditas. Intitulada A Natureza que me habita, a exposição da artista visual volta à capital paulista quase uma década desde0800 bet 365última individual e retorna com trabalhos recentes, todos inéditos.
"Não sigo tendências artísticas. Sou uma artista pós-moderna no mundo contemporâneo, onde sigo meus impulsos sensoriais. Pinto o que vejo e sinto. Mas, da forma como vejo, não necessariamente uma natureza real", afirma Ana.
A obra da artista ocupará a Galeria Contempo e contará com itens0800 bet 365técnica mista, tinta acrílica e óleo sobre tela e linho, com médios e grandes formatos. O texto crítico leva assinatura da cientista social, historiadora e curadora de arte Vanda Klabin.
Morando entre Rio e Lisboa, Ana Durães costuma trabalhar imersa na natureza, inspirada nas paletas de cores ao seu redor, no ateliê que mantém na serra de Petrópolis: "A natureza que me habita vem bem antes da pandemia. Penso que a natureza sempre me habitou. E o costume de estar dentro dela se fortificou na necessidade da reclusão. Na necessidade da solidão", afirma.
Para ela, "uma simples folha pode ser floresta. Uma poça de chuva pode virar rio". "Nada do que vejo me é alheio, misturo as flores, as cores, o meu jardim, com imagens imaginárias. Quase abstratas. Acaba por tornar-se um jardim das delicadezas, próprio da liberdade com que registro meu mundo. Essas flores que apresento agora, inéditas, trabalhadas nos últimos três anos, na verdade moram0800 bet 365mim há 62 anos. Elas são alegorias da minha natureza, onde transmuto dor0800 bet 365amor até tornar-se alegria", conclui.
Ana Durães: a natureza que me habita (por Vanda Klabin)
A natureza com suas paisagens reais, alegóricas ou míticas, tem um papel decisivo para a história da pintura. É uma matéria sempre suscetível à interpretação e à reflexão, que estimula o processo criativo e converge para as inúmeras possibilidades plásticas do mundo. A interlocução com a natureza, que orquestra imensas áreas de cor, está presente na pintura de Ana Durães. A artista encontra0800 bet 365gramática poética no ritmo da vida real, e suas telas consolidam um tratamento cromático que irradia um diálogo visual pela ação de seu imaginário, um éden mágico que anseia por consonâncias.
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A paisagem, a presença de árvores e as naturezas-mortas fazem parte do campo narrativo que se instala0800 bet 365suas pinturas. Seus reflexos, suas luminosidades, suas colorações, suas inquietudes rítmicas, suas ambiguidades veladas, tudo se transforma0800 bet 365acontecimento plástico. Observamos a liberdade das pinceladas, a supressão de um ponto central, os efeitos de luz que dissolvem a superfície da tela. Espécies de narrativas breves, como poemas instantâneos, que reforçam a sensação de uma eterna redescoberta e de uma atmosfera cromática misteriosa — um verdadeiro paraíso de possibilidades estéticas. Os vasos de flores e a vegetação tecem um diálogo visual, alternando-se0800 bet 365suas múltiplas direções, ora se insinuando, ora ocupando todo espaço, gerando uma disponibilidade plástica como se fosse uma fricção cromática da natureza.
Sensível à poesia contida na vida silenciosa dos acessórios agenciados na0800 bet 365cotidianidade, Ana Durães procura, nas formas encontradas nas suas naturezas-mortas e paisagens, o tratamento do espaço plástico no que diz respeito aos volumes e à incidência da luz sobre as formas e os resultados das variações e da modulação pela cor. Uma fermentação germina entre as suas cores constitutivas e manifesta a vitalidade da artista e a0800 bet 365exuberância encantatória do mundo.
Sobre Ana Durães
Artista visual, nasceu0800 bet 365Diamantina (Minas Gerais),0800 bet 3651962, e mora no Rio de Janeiro. Iniciou seus estudos na Escola Guignard de Belo Horizonte,0800 bet 3651981. Concluiu o curso de formação na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro,0800 bet 3651987. Participou de centenas de exposições coletivas e individuais: no Palácio das Artes de Belo Horizonte (MG); no Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro; no Museu Histórico Nacional; no Museu de Arte Moderna de Salvador (BA); no MASP - Museu de arte de São Paulo; na Escola de Artes Visuais (RJ); no Museu da República do Rio de Janeiro; no Instituto Centro Cultural Brasileiro-Americano0800 bet 365Washington DC e no Kunstlerhaus, na Áustria, além de cidades como Berlim, Madri, Paris, Lisboa e Buenos Aires.
Em 2012, comemorou 30 anos de carreira na exposição individual Mundo das Coisas, no Espaço Furnas Cultural no Rio de Janeiro. Em 2013 realizou a exposição individual Novos Pretos Novos, na Galeria Sergio Gonçalves, no Rio de Janeiro. Em 2018, realizou exposição individual na Artfact Gallery0800 bet 365Nova York. Em 2020, apresentou a exposição Altered Nature,0800 bet 365diálogo com o fotógrafo Daniel Mattar, na Brisa Galeria,0800 bet 365Lisboa. Em 2022, expôs0800 bet 365Madri, na Casa de América, com produção da Galeria Contempo;0800 bet 3652023, participou da exposição Paisagens Construídas, na [A] Space,0800 bet 365Lisboa, com o artista Luiz Dolino, e, no mesmo ano, da individual Diálogos da Paisagem, com curadoria de Mônica Xexéu, na Casa de Cultura de Petrópolis. Suas obras são encontradas0800 bet 365diversos acervos no Brasil e no exterior.
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Sobre a Galeria Contempo
"Filha" da ProArte Galeria, a Contempo foi idealizada pelas irmãs Monica, Marcia e Marina Felmanas e está no mercado desde 2013, com Marcia e Monica à frente da curadoria dos artistas. Foi criada com o propósito de reunir o melhor da produção artística contemporânea brasileira, representando artistas emergentes, jovens e promissores talentos. Hoje, agrega a seu portfólio obras produzidas por experientes representantes das artes plásticas com carreiras consolidadas, como os pintores Ana Duraes, Rubens Ianelli e Aldir Mendes. Ao reunir distintas linguagens e estéticas, a galeria transita por diferentes universos, como o da pintura, do desenho, da gravura, do tridimensional, da fotografia e da arte de rua.
Serviço
Ana Durães: a natureza que me habita
Abertura: dia 18 de janeiro de 2025, sábado, das 10h às 16h
Visitação: até 3 de fevereiro de 2025
Horário: de segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 16h
Texto curatorial: Vanda Klabin
Organização: Marcia Felmanas, Monica Felmanas
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Local: Galeria Contempo
Endereço: Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1644, Jardim América