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A Mangueira foi a grande sensação da primeira noite de desfiles do Grupo Especial, no domingo (23). A agremiação contou a história de Jesus de uma forma moderna, abordou a relação com as minorias e encostou no polêmico assunto de intolerância religiosa.
Já conhecida por seus posicionamentos políticos, a escola havia avisado que não tinha a intenção de falar explicitamente de política ou religião, mas sim contar a história de Cristo sob um outro olhar. E, de cara, colocou Evelyn Bastos para interpretar uma versão negra e feminina de Jesus.
Evelyn, a princípio, usaria uma fantasia tradicional de rainha, mas acabou com um manto brilhoso cobrindo o corpo. Ela não sambou;1xbet yellow cards rulesvez disso, usou uma coroa de espinho e interpretou o sofrimento de Jesus na véspera da crucificação.
A comissão de frente conquistou o público de cara. Jesus apareceu de roupas jeans e rodeados de amigos - todos representando minorias - dançando e tirando selfies. Até que a polícia apareceu e colocou todo mundo na parede, menos Cristo, que era branco. Ainda assim ele foi preso, numa alusão à passagem bíblica1xbet yellow cards rulesque ele é pego pelos guardas romanos.
Carros alegóricos mostraram o contraste entre a humildade de Maria, interpretada por Alcione, José, e Jesus, e a grandeza de ser o filho de Cristo.
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Porta-bandeiras foi elogiada por vestido único
Foto: Mauricio Almeida
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Em tempos atuais, Jesus usaria jeans e andaria com negros, pobres e outras minorias
Foto: ELLAN LUSTOSA
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Jesus é abordado pela polícia, a versão atual da guarda romana
Foto: ELLAN LUSTOSA
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Amigos de Jesus tomam "enquadrada" da polícia
Foto: GILSON BORBA
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Desfile da Mangueira
Foto: Wilton Junior
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Alcione interpretou Maria
Foto: Thiago Ribeiro
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Grande sensação da noite, Mangueira contou história de Jesus sob outro ponto de vista
Foto: Andre Melo Andrade/
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Mangueira levou rainha de bateria que não sambou
Foto: Wilton Junior
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Evelyn Bastos trocou o samba pelo sofrimento de Cristo
Foto: Estadão
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Evelyn Bastos trocou o samba pelo sofrimento de Cristo
Foto: Mauricio Almeida
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Grande sensação da noite, Mangueira contou história de Jesus sob outro ponto de vista
Foto: Delmiro Junior
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Vendadas, praticantes de religiões africanas fizeram alusão à intolerância religiosa
Foto: GILSON BORBA
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Grande sensação da noite, Mangueira contou história de Jesus sob outro ponto de vista
Foto: Delmiro Junior
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"Vai tacar pedra?": crítica escrachada ao preconceito contra LGBTQI+
Foto: GILSON BORBA
Em outra ala, os foliões colocavam1xbet yellow cards rulesxeque posicionamentos que cristãos políticos adotaram nas últimas eleições. “Bandido Bom é Bandido Morto” trazia negros e pobres e “Vai Tacar Pedra?” se referia à comunidade LGBT.
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Por fim, diversas versões de Cristo crucificado foram retratadas: mulheres, LGBT’s negros, pobres, entre outros. O carro alegórico final trouxe Jesus ressuscitando1xbet yellow cards rulesplena favela da Mangueira.
O Twitter foi à loucura e colocou a agremiação entre os assuntos mais comentados da noite. Além da história bem contada, a bateria também fez sucesso ao misturar funk com o tradicional samba. A escola carioca, vencedora da última edição, é de fato uma das favoritas ao título deste ano.
Confira um trecho do samba-enredo “A Verdade Vos Fará Livre”:
Eu sou da Estação Primeira de Nazaré
Rosto negro, sangue índio, corpo de mulher
Moleque pelintra no buraco quente
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Meu nome é Jesus da Gente
Nasci de peito aberto, de punho cerrado
Meu pai carpinteiro, desempregado
Minha mãe é Maria das Dores Brasil
Enxugo o suor de quem desce e sobe ladeira
Me encontro no amor que não encontra fronteira
Procura por mim nas fileiras contra a opressão
E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão
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E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão
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