unibet de-Mostra de Tiradentes estimula cinema jovem e homenageia Bruna Linzmeyer, estrela de 'Baby': 'Magia e muito trabalho'

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A atriz recebe nesta sexta-feira, 24, o Troféu Barroco; a 28º Mostra de Cinema de Tiradentes inaugura calendário audiovisual brasileiro e tem programação gratuita
24 jan 2025 - 14h23
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Foto: Bruna Linzmeyer ( Clara Cosentino) / Rolling Stone Brasil

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A 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes inaugura o calendário audiovisual brasileiro de 2025. O evento acontece entre os dias 24 de janeiro e 1º de fevereiro, reunindo cineastas, críticos, pesquisadores, profissionais da cultura, acadêmicos, estudantes e espectadoresunibet deMinas Gerais.

A programação é gratuita e apresenta ao público a diversidade da produção cinematográfica brasileiraunibet demais de 100 filmesunibet depré-estreias e mostras temáticas. 

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Neste ano, a Mostra de Tiradentes homenageia Bruna Linzmeyer. Nascidaunibet deSanta Catarina, ela começouunibet detrajetória artística aos 16 anos, quando se mudou para São Paulo para estudar teatro. Estreou na televisãounibet de2010, na série Afinal, o que Querem as Mulheres?, de Luiz Fernando Carvalho, e acumula papéis marcantesunibet denovelas como Gabriela (2012), Amor à Vida (2013) e Pantanal (2022).

No cinema, Bruna tem longa-metragens — com filmes como Medusa (2023), de Anita Rocha da Silveira, e Cidade; Campo (2024), de Juliana Rojas — e curtas, como Alfazema, de Sabrina Fidalgo (2019), Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui, de Eri Sarmet (2021, melhor curta da Mostra Foco da 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes) e Se Eu Tô aqui é Por Mistério, de Clari Ribeiro (2024, selecionado para a Mostra na 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes).

"O que eu vejo é que essa homenagem é uma certa colheitaque eu venho fazendo nos últimos anos, de uma paixão pelo cinema brasileiro,de uma dedicação, de um investimento no meu tempo, na minha pesquisa,por um cinema que não é só o cinema dos grandes circuitos e dos grandes festivais — é também —, mas é um cinema de quem está começando, de quem está fazendo seus curta-metragens, de pessoas queer, pessoas trans, mulheres...", ponderou Linzmeyer quando perguntada pela Rolling Stone Brasil sobre possíveis razões que a levaram a ser escolhida para a homenagem na Mostra.

Para a atriz, o trânsito entre televisão e cinema é "a coisa mais preciosa" deunibet decarreira. Ela ainda destacou que as duas formas de trabalho, com "linguagens muito diferentes", são codependentes: "Trabalhar na televisão permite que eu consiga fazer cinema com mais tranquilidade, por uma questão financeira mesmo".

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"Esse trânsito me ajuda também a dar mais visibilidade para um filme independente, ou um filme que não seria visto por muitas pessoas, porque eu tenho esse diálogo com a televisão, que atinge um público maior", argumentou. "É óbvio que é um trânsito difícil de construir, de manter, demanda uma dedicação, um trabalho, um cuidado, mas eu tenho muito interesse nisso."

É muito difícil comparar fazer televisão e fazer cinema. Acho que eles têm sensações de catarse e prazer muito diferentes. É extremamente gratificante fazer uma novela e andar na rua e entender que a novela é construída com o público ao vivo. Quando você começa a fazer uma novela, você não sabe qual é o fim daunibet depersonagem. Ela vai sendo construída com o público, com o que o público fala, com as pesquisas, com o que se fala na internet. Isso é mágico, isso é muito poderoso.
Bruna Linzmeyer
Foto: Clara Cosentino / Rolling Stone Brasil

Bruna já participou da Mostra como espectadora e por meio de seus filmes exibidosunibet deoutras edições. Ela lembrou que a primeira vez no evento foi acompanhada por amigas: "Foi uma viagem mágica, a gente viu vários filmes, assistiu à Marina Sena quando ela ainda era Rosa Neon, conversou com as pessoas na rua, fez festa".

A artista elogiou a curadoria da Mostra e disse que passou a conhecer "muitos filmes e cineastas" após frequentar o festival. 

Além de contar com a presença de Bruna Linzmeyer, a Mostra vai promover um recorte de títulos com a atriz para ser exibido ao longo do eventounibet deformato presencial e na plataforma online. Entre os títulos, estão: O Vento Frio que a Chuva Traz, de Neville d'Almeida; Baby (2024), de Marcelo Caetano; Uma Paciência Selvagem me Trouxe até Aqui (2021), de Eri Sarmet; Se Eu to Aqui é por Mistério (2024), de Clari Ribeiro; e Alfazema (2019), de Sabrina Fidalgo.

Ainda que Linzmeyer seja dona de um currículo extenso, ela tem apenas incríveis 32 anos. A homenagem faz parte de um esforço da Mostra de Cinema de Tiradentes de apoiar artistas jovens como ela. 

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O empenho do evento não está expresso somente na entrega do Troféu Barroco a Bruna, mas também na Mostra Aurora, que exibe o primeiro título de cineastas novatos, além de programas de formação que dão bagagem a artistas que estão emergindo para que participem de Tiradentes como membros do júri de mostras competitivas, por exemplo.

Raquel Hallak d'Angelo, Coordenadora Geral da Mostra de Cinema de Tiradentes, conseguiu responder parte da questão proposta pelo tema da 28º edição, "Que cinema é esse?", ao justificar a escolha de Bruna Linzmeyer como homenageada deste ano:

Ela é um dos destaques da geração dela, uma profissional que estamos acompanhando. Tiradentes é frequentada por um público jovem, por quem está fazendo cinema e por quem está assistindo. Além dela ser uma pessoa extremamente versátil, é também uma pessoa muito atenta ao que está acontecendo no audiovisual, uma ativista corajosa, que rompe barreiras. Ela é uma inspiração para a geração que está começando e para quem já está aí.

Baby

Bruna Linzmeyer ficou conhecida no país não apenas pelo seu trabalho no cinema e na televisão, mas também por seu ativismo sobre pautas feministas e LGBTQIAPN+.

Com uma simples publicação no Instagram posando de biquíni e exibindo parte de seus pelos Linzmeyer aquece debates feministas — mesmo queunibet deintenção seja somente mostrar seu cotidiano. Tornar-se um ícone pelas lutas que defende "é um risco" para ela, que não sabe "até que ponto isso é bom ou ruim".

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O reflexo disso emunibet decarreira pode ser positivo quando ressalta a competência de Bruna como atriz: ela pode encarnar uma personagem completamente diferente do que é atrás das câmeras. 

"Acho que isso faz com que quebre um pouco a imagem do que as pessoas têm da Bruna ou da personagem. Não tenho medo.Eu acho que o fato das pessoas me conhecerem traz essa memória, traz coisas para esses filmes, sabe?Traz visibilidade, traz alcance, traz diálogo com esses filmes através dessa pessoa que imaginam que é a Bruna", afirmou.

Em uma convergência dos universosunibet deque a atriz transita, está Baby, filme dirigido por Marcelo Caetano que explora um relacionamento homossexual entre dois homens. A obra conquistou o prêmio de Melhor Ator Revelação na Semana da Crítica do Festival de Cannes 2024, o de Melhor Longa-Metragem de Ficção no Festival do Rio e os de Melhor Interpretação e Melhor Direção no Mix Brasil.

"Baby tem arrebatado corações", revelou Bruna. "No fundo, é uma história de amor e afeto das famílias que a gente constrói. Então, tem uma urgência dessas personagensunibet deconstruir esses afetos, construir essas histórias, apesar do quão violento, às vezes, esse mundo é para todos nós — esse mundo capitalista, esse sistema de trabalho, de oportunidades."

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Baby também representou um reencontro de Caetano e Linzmeyer, que já haviam trabalhado juntos no seriado Notícias Populares: "Os filmes brotam para mim muito das relações que eu tenho com as pessoas e, apesar de serem o que vai permanecer no mundo depois que a gente se for, o que permanece para mim, na minha vida, são essas relações que eu vou construindo e o que é possível fazer com elas depois".

Segundo a atriz, a personagem que interpreta no longa-metragem não correspondia àunibet deidade e biotipo, mas o desejo do diretor e roteirista de voltar a criar com ela o levou a ajustar Jana ao seu perfil: "Acho que a Jana foi escrita inicialmente para ser uma mulher de uns 50, 60 anos. Ele a traz um pouco para a minha idade, e isso já muda bastante a dinâmica das relações com as personagens".

"Eu, obviamente, queria muito trabalhar com ele. Uma coisa que eu gosto muito no Marcelo é que ele vem da produção de elenco — ele é um excelente produtor de elenco, e eu acho que ele tem um olhar muito inteligenteunibet deescalar atores e atrizes para personagens. Então, uma das coisas que mais me encanta na Jana é esse desvio do olhar que ele provoca ao me dar essa personagem", continuou.

Ela acrescentou: "Acho que não seria todo mundo que me enxergaria na Jana, que é uma personagem popular, uma manicure, ex-p*ta do centro de São Paulo, sapatão... A gente foi construindo aquela caracterização, que usa lace, que aparece sem lace, que tem umas unhas gigantes. [...]A gente fez muita pesquisa no centro de São Paulo com essas mulheres que trabalhamunibet desalão de beleza,unibet deloja de lace".

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Uma das coisas que eu mais gosto desse trabalho com o Marcelo é essa inteligência dele de conseguir enxergarunibet demim o meu ofício, a minha atriz.

Para Linzmeyer, o caminho mais óbvio de pesquisa para seus papéis é por meio da profissão exercida pelas personagens — mas nem sempre é uma trajetória linear: "Acho que é uma investigação para encontrar fragmentos dessa personagem no mundo real. E nunca vai ser uma personagem inteira".

"Mas é o que, emocionalmente, de uma maneira mais visceral, menos racional, me conecta com essa personagem.E isso eu geralmente encontrounibet depesquisa", confessou, antes de usarunibet depersonagem na novela Pantanal, Madeleine, como exemplo.

"Quando eu fiz a Madeleine, no Pantanal, a fazenda onde estava hospedada tinha uma pequena vila que a servia.Então eu ia todos os dias nessa vila conversar com a professora da escola, com as pessoas que moravam ali. Jogava bola com as crianças... E aí eu ia ouvindo essas histórias.Em determinado momento, eu encontrei uma pessoa que era um pouco da personagem: que queria muito ir embora dali, que via naquele lugar uma grande prisão, porque era um lugar que era a oito horas de distância de um bar, de uma igreja, de um mercado, de qualquer cidade", disse.

Acho que é um processo de me abrir, de me manter porosa, para ouvir as histórias que essas pessoas têm para contar, e o quanto elas se conectam comigo, com a minha própria história, com a minha memória... E aí eu posso oferecer isso para uma personagem.

No último ano, a atriz trabalhou ainda com outros dois importantes projetos: o curta-metragem Se Eu Tô Aqui É por Mistério, de Clarissa Ribeiro, e o longa Cidade; Campo, de Juliana Rojas.

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O momento do cinema brasileiro

A Mostra de Cinema de Tiradentes inicia um dia após Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, receber três indicações ao Oscar, inclusive na categoria de Melhor Filme, a principal do evento. O longa-metragem tem levado milhares de pessoas às salas de cinema ao redor do mundo.

A experiência coletiva de assistir a um filme é, para Bruna Linzmeyer, "muito especial", principalmente após o período da pandemia e da supressão de políticas relacionadas à cultura promovidas pelo último governo. 

Assistir a uma obra "com pessoas que você nunca viu" ainda permite, segundo a atriz, que o espectador seja "impactado por uma risada, um comentário,uma respiração mais forte ou um choro —e isso altera a maneira como você assiste aquele filme".

Acho que o Ainda Estou Aqui, o Baby, que está com várias sessões lotadas, o próprio Malu, também, do Pedro Freire, estão trazendo esse senso de pertencimento. [...] Quando a gente tem Fernanda Torres sendo premiada, ou quando a gente vai ao cinema e assiste à nossa história, da nossa cultura, isso gera uma sensação de pertencimento, de que a gente não está sozinha nessa caminhada, de que a gente não está sozinha nesse mundo, de que tem outras pessoas vivendo essa mesma cidade, esse mesmo país, esse mesmo governo, essas mesmas memórias. É uma sensação muito poderosa de se sentir. Então eu me sinto parte disso, porque eu sou uma trabalhadora do cinema, eu sou uma trabalhadora da cultura. Trabalhamos muito para que isto aconteça: para que esses filmes possam tocar as pessoas, para que esses filmes estejamunibet dediálogo com o que está acontecendo no mundo.

É nesse contexto que Bruna pretende explorar um novo campo cinematográfico. Ela tem mantido diversos post-its na parede de seu escritório com ideias para o desenvolvimento de seu próprio roteiro. Corupá será um longa-metragem de ficção que se passará na cidade de mesmo nome,unibet deSanta Catarina, onde a atriz nasceu — e isso é tudo o que ela pôde adiantar.

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Bruna Linzmeyer
Foto: Clara Cosentino / Rolling Stone Brasil

"Venho de uma cidade muito pequena, de uma família muito simples, que não tem tradição de cinema. Acho muito louco que eu tenha conseguido construir essa trajetória. É mágico, me sinto muito orgulhosa. Se eu olho racionalmente, não faz o menor sentido. É magia e muito trabalho", refletiu sobre as décadas de carreira.

As inspirações vêm do corpo: de como o corpo se mexe, se arrepia, dos sons que faz, de como a gente chora, dessas coisas incontroláveis que acontecem no corpo. 
Rolling Stone Brasil

Fontes de referência

  1. estrela bet copa do mundo
  2. betâno baixar
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