freebets o que é de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Usar a sátira para fazer uma crítica social é desafiador. Existe sempre o risco de parecer forçado demais ou deslizarfreebets o que éalgum ponto e cair no limbo do cancelamento. Conseguir superar esses obstáculos e ainda gerar entretenimento é algo que nem todo filme consegue. 'Triângulo da Tristeza', dirigido pelo sueco Ruben Ostlünd, parece bem-sucedido na empreitada.
O último longa a conseguir tal feito com extrema maestria, e amplo reconhecimento, foi 'Parasita', de Bong Joon-ho, vencedor de seis Oscarsfreebets o que é2020, entre eles Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Roteiro original. São justamente essas as três categorias ao qual 'Triângulo da Tristeza' concorre este ano. O filme vem bem credenciado à premiação depois de vencer a Palma de Ouro em Cannes (troféu que Ostlünd já tinha conquistado com The Square,freebets o que é2017).
'Triângulo da Tristeza' já está disponívelfreebets o que ésessões especiaisfreebets o que éalguns cinemas de São Paulo como os Espaços Itaú (Pompeia, Augusta e Frei Caneca), o Petra Belas Artes, o CineSala e o Reserva Cultural. E, a partir de quinta (16), dia do lançamento oficial,freebets o que émais salas.
Atenção: a partir de agora o texto contém spoilers.
A cena de introdução já evidencia o tom de ironia sobre as relações de poder e a exposição da superficialidade dos personagens mais ricos do filme.
Publicidade
Durante um teste para modelos, todos homens sem camisa, eles são desafiados a fazer diferentes expressões com o rosto de acordo com a marca para o qual estão posando. O famoso 'carão' para marcas de grife como Balenciaga, alternado com um semblante sorridente e 'popular' para lojas de departamento como a H&M.
É neste momento que conhecemos Carl (Harris Dickinson), um dos personagens centrais do longa. Seu relacionamento com a também modelo e influenciadora digital Yaya (Charlbi Dean) abre as discussões sobre desigualdade de gênero no filme. Ela tem uma conta bancária mais cheia que a dele, como é comum no universo da moda, onde modelos masculinos ganham menos que as mulheres. E isso vira um prato cheio para as nuances de 'vergonha alheia' e sarcasmo que Ostlünd espalha durante as 2 horas e 27 minutos de 'Triângulo da Tristeza'.
Mas o casal não é o único a sofrer com seus 'white people problems'. O filme, divididofreebets o que étrês atos, começa a ganhar mais rostos a partir da segunda parte, intitulada 'O Iate'. Carl e Yaya sobem a bordo de um cruzeiro que junta todo o tipo de excentricidade: de um capitão alcóolatra e marxista a um bilionário russo capitalista. Tudo ali está pronto para dar errado. E realmente dá.
O roteiro descamba para a escatologia na cena que mais arranca gargalhadas (pelo menos na sessãofreebets o que éque este repórter assistiu ao filme), quando um jantar no navio acaba fazendo praticamente todos os passageiros vomitarem por conta de uma turbulênciafreebets o que éalto-mar.
Publicidade
Se você gosta de ver gente rica passando aquele perrengue básico, este filme é para você.
A crítica sobre as relações de trabalho vai crescendo com o passar do tempo e chega ao ápice na parte final, quando definitivamente os papéis se invertem. Após um ataque pirata, o navio é explodido e poucos passageiros conseguem chegar a uma ilha deserta, incluindo Carl e Yaya. O grupo se vê obrigado a obedecer à gerente de limpeza do navio, Abigail, já que ela é a única que sabe como pescar e fazer uma fogueira, por exemplo. É uma filipina, bem interpretada pela atriz Dolly de Leon, que rouba a cena e se torna protagonista no último ato da narrativa.
"Se você observar, na parte do iate, ela é praticamente invisível, você quase não a vê nas cenas e ela não fala nada. Abigail só se torna visível na hora final do filme", diz a própria atrizfreebets o que éuma entrevista gravada durante o Festival de Cannes e divulgada com exclusividade agora pelo Estadão (assista ao vídeo completo ao fim do texto).
A última cena de 'Triângulo da Tristeza' apresenta um dilema moral e deixa o final aberto a interpretações. Ninguém finaliza o longa sem uma opinião formada sobre qual deveria ser o destino das personagens. O próprio diretor afirma que não bateu o martelo sobre uma conclusão definitiva. Ame ou odeie, a obra de Ostlünd gera um bom debate depois de sair da sala de cinema.