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Acho que a crítica mais devastadora que eu vi ou ouvi a respeito de 'Pobres Criaturas' veio de minha mulher, na saída do cinema: enquanto eu dizia, mexido com o filme, que aquilo era uma espécie de "Odisseia", versão feminina, Teca me falou que o filme era condescendente com as mulheres na exata medidawazdan betanoque parece fazer uma fábula feminista de libertação.
Ela não se sentiu representada pela personagem principal, Bella Baxter (Emma Stone). Vejo a crítica especializada se debulhandowazdan betanoelogios ao filme de quase duas horas e meia que tem fabulosos atores, desempenhos e beleza plástica. O livro que deu origem ao mesmo, o roteirista e o diretor são todos homens. Vou tentar responder a essa crítica, não sei se terei sucesso.
Publicidade'Pobres Criaturas' é um filme plasticamente belíssimo, perturbador e perfeitamente desagradávelwazdan betanovárias passagens. O diretor, com nome impronunciável, já fez outros filmes com essas características. Para quem não viu o filme, e acho que são muitos, vou fazer um resumo com um mínimo de spoilers, espero:
Um cientista/Frankenstein, Godwin Baxter (Willem Dafoe), que coloca cabeça de cachorroswazdan betanogalinhas e faz experiências com órgãos humanos, resgata uma moça que havia se suicidado. Descobre que ela estava grávida, pega o Cérebro do bebê e coloca no corpo da moça que morreu.
O primeiro ato do filme é bem marcado por esse fio condutor, de um bebê habitando o corpo de uma mulher adulta, com dificuldades de coordenação de movimentos e aquisição de linguagem, destruindo coisas e fazendo arte pelo castelo do cientista. Seu criador, que ela chama de pai, tem o rosto deformado e menciona várias vezes os experimentos sádicos que seu pai, também cientista, realizouwazdan betanoseu corpo. Seu nome é Godwin, e a menina/mulher o chama de God, um diminutivo e uma piada com o termo, que significa Deuswazdan betanoinglês, e representa essa divindade surgida no século dezenove: o Deus da Razão, da lógica científica, que pretende subjugar e intervir na Natureza sem pesar as consequências dessa intervenção.
Um Frankenstein criado por um pai sádico cria uma pobre criatura, uma espécie de Frankenstein feminino que tenta proteger e controlar. Lógico que Bella não vai se deixar controlar. Nessa parte do filme, a mulher/criança começa a descobrir a própria sexualidade, manipulando e masturbando seus genitaiswazdan betanotodos os lugares. Seu pai tenta controlar seus impulsos chamando um assistente, Max, para se casar com Bella. Mas a menina foge com um advogado cafajeste, Duncan (Mark Ruffalo) e, com ele, vai conhecer o mundo e seu corpo.
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