Reprimidas como a Lulu de ‘Roque Santeiro’ e passionais como a Leila de ‘Vale Tudo’.
Cômicas, a exemplo da Ilka de ‘Fera Ferida’, e dramáticas como a Dulce de ‘Morde e Assopra’.
Modernas como a Isabel de ‘Por Amor’ e folclóricas a exemplo da Haia de ‘Desalma’.
Uma das carreiras mais bem-sucedidas da teledramaturgia está ofuscada por declarações polêmicas.
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Ex-petista e militante de esquerda, ex-hippie e usuária de maconha, Cássia Kis agora se diz de direita, defende Bolsonaro (a quem criticava até 2 anos atrás) e pratica uma versão enérgica do catolicismo depois de anos dedicados ao espiritismo.
Em entrevista ao canal de YouTube da jornalista bolsonarista Leda Nagle, a atriz adotou um discurso radical.
“Não existe mais o homem e a mulher, mas a mulher com mulher e homem com homem, essa ideologia de gênero que já está nas escolas”, disse, ecoando a fake news de ideologização compulsória dos estudantes.
“O que é que está por trás disso? Destruir a família, sem dúvida nenhuma. Mas destruir a família só? Não. Destruir a vida humana. Porque, que eu saiba, homem com homem não dá filho, mulher com mulher também não dá filho. Então, como é que a gente vai fazer?”
Nem parece a Cássia Kis destemida que quebrou vários tabusapostas multiplas futeboltempos com menor liberdade de expressão.
Em 1989, a artista teve coragem de aparecer com os seios à mostra na TV ao estrelar uma campanha de prevenção ao câncer de mama.
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Apesar da atitude nobre, foi duramente atacada por puritanos que sexualizaram a imagem.
Seu gesto incentivou milhões de brasileiras a fazer o autoteste capaz de diagnosticar precocemente o tumor e aumentar a chance de cura.
Em agosto de 1997, ela surgiu na capa de ‘Veja’, ao lado de outras famosas e também de anônimas,apostas multiplas futeboledição histórica sobre o aborto. Na matéria, admitiu ter interrompido uma gravidez.
Falar abertamente sobre a questão é importante, independentemente de ter posição contra ou a favor do aborto, por envolver a saúde das mulheres.
Outro tabu enfrentado por Cássia Kis foi a maternidade tardia. Ela se tornou mãe aos 38 anos, após ter consolidado a carreira na TV. Em dez anos, deu à luz a 4 filhos.
Sabe-se que a mulher mais velha sofre com a cobrança social quando não é mãe.
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Assim como desperta olhares de reprovação quando engravida com mais idade, sendo vista como ‘velha’ para ter um filho.
Outra contribuição da atriz foi falar de transtornos mentais na mídia. Relatou o sofrimento de ter tido depressão e como é ser portadora de bipolaridade.
As pessoas nestas condições ainda sofrem com o preconceito de quem desconhece as implicações de doenças psíquicas.
Quem acompanhou a trajetória de Cássia Kis nos últimos 40 anos fica com a impressão de que aconteceu uma transformação profunda.
Resta saber se, a partir da impopularidade deapostas multiplas futebolpostura atual, ela conseguirá salvar seu rico legado artístico.
Imprescindível ressaltar que toda pessoa possui o direito de exprimir opiniões e defender posicionamentos.
O problema estáapostas multiplas futebolprejudicar certos grupos a partir de falas discriminatórias. Um desrespeito proibido por leis.
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