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“Esmola”, assim definiu Maria Zilda Bethlem ao comentar o pagamento de R$ 237,40 recebido pela reexibição de ‘Selva de Pedra’ no Vivajogo double blaze2019. A quantia representou menos de 2 reais por capítulo.
A veterana, de 72 anos, faz parte de um pequeno grupo de atores com coragem de cobrar os canais de TV – especialmente a Globo, maior produtora audiovisual do país – a rever a política de pagamentos de direitos de imagem por reprises e vendas de novelas e séries ao exterior.
Ela também criticou a emissora por gravar novelas na pandemia de covid-19, a conduta ao lidar com denúncias de assédio sexual nos bastidores e a demissão da maioria dos grandes artistas.
Completando 50 anos de TV, Maria Zilda está fora da emissora desde 2016, quando participou de ‘Êta Mundo Bom’ às 18h. Em entrevistas e ‘lives’, ela se declarou decepcionada com a maneira como a teledramaturgia passou a ser feita. Sente que o trabalho do ator foi desvalorizado.
Mesmo desapontada, voltaria à antiga casa. “Digo aos produtores de elenco: podem me chamar para trabalhar, continuo querendo”, avisou no ‘Papagaio Falante’. Por enquanto, nenhum convite da emissora.
Outra voz poderosa contra a baixa remuneração por uso de imagem é a de Lucélia Santos. “Nunca recebi 1 centavo de direito por meu trabalho e divulgação no exterior. Só ‘A Escrava Isaura’ e ‘Sinhá Moça’ são duas (das novelas) que mais venderam (a canais de outros países)”, reclamou no podcast ‘Embrulha sem Roteiro’.
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“Nunca recebi centavo. Continuam vendendo. Se você forjogo double blazealgum lugar do mundo, vai estar lá passando ‘A Escrava Isaura’.” A trama da escrava branca dedicada à libertação dos negros escravizados é de 1976. Tornou-se o maior sucesso da história da Globo.
A atriz entende que deveria receber pelo folhetim de época, mesmo ele sendo anterior à regulação da profissão de ator no Brasil, feita pela Lei 6.533 de 24 de maio de 1978. “O direito à imagem é inalienável”, argumenta.
Lucélia defende que os direitos a atores e autores se espelhe na regulamentação de pagamentos a músicos e compositores, geralmente remunerados por cada execução de músicajogo double blazerádio, TV, internet e evento. Sugere aproveitar o momento de discussão no Congresso da regulação dos serviços de streaming para debater esta antiga reivindicação da classe artística.
Ao citar a forte mobilização política de atores nos Estados Unidos, ela reclama da pouca união dos colegas brasileiros. “O problema nosso é o mercado de trabalho. Se você fala isso aqui, fica desempregado. Há quantos anos você não me vê fazendo novela?”, diz. “Não tem convite mesmo. Essa palavra cancelamento é nova, mas a ação de cancelar é antiga.”
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Protagonista na Globo nas décadas de 1970 e 1980, Lucélia está longe da teledramaturgia do canal há 23 anos. O último personagem fixo foi a médica Jackeline na oitava temporada do extinto seriado juvenil ‘Malhação’.
“Se você quer preservar seu emprego, fica quieto. Isso é uma demagogia, hipocrisia, mas é a realidade que a gente tem pra hoje. Só que eu sou aquele tipo de pessoa, acho que é meu mapa astrológico, eu nunca fui por aí. Sou destemida”, explica a taurina de 67 anos. “Vou à luta, falo, debato.”
Recentemente, Mateus Solano, Tuca Andrada, Sergio Marone e Nívea Stelmann também se manifestaram a respeito da baixa renumeração passada a atores por reexibições de novelas. Sabe-se que alguns artistas recorreram à Justiça a fim de receber valores por reprises.
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