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O programa ‘Jovem Guarda’, da TV Record, foi criado há 60 anos. Gerava alta audiência nas tardes de domingo. Era apresentado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa.
Antes da estreia, o nome de Ronnie Von chegou a ser cotado. Os caminhos dele, apelidado ‘Príncipe da Jovem Guarda’, apesar de nunca ter feito parte daquele movimento musical, sempre se cruzaram com os do ‘Rei’ Roberto Carlos.
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Na época, o público não imaginava a tensão entre os dois atrás das câmeras. No podcast ‘Papagaio Falante’, de Sérgio Mallandro e Renato Rabelo, o apresentador disse ter sofrido uma campanha difamatória.
“A equipe dele, a assessoria dele, foi muito cruel comigo. Cheguei a ouvir uma vez, no rádio, e rádio é importante, ‘esse filhinho de papai, esse calcinha de veludo, está tirando o lugar de alguém que precisa’.”
Ronnie explicou que eram mais aceitos os artistas com “origem muito humilde, tinha de vir da favela”, caso contrário, sofriam “preconceito às avessas”. Ele, de classe média, teria sido alvo de segregação.
“Isso era fomentado pelo pessoal da assessoria dele, do Roberto”, afirmou. O artista ressalta que hoje são “amigos”, e nega que seu caminho foi fácil. Contou ter vendido o carro para vir do Rio a São Paulo tentar a sorte no universo artístico. Alugou um quarto “num hotel de quinta (categoria).”
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