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O brasileiro sempre teve o mau hábito de eleger inimigos representativos para tentar expurgar suas frustrações e justificar a erupção da agressividade internalizada. A psiquiatria define esse comportamento como Transtorno Opositivo-Desafiador, visívelcassino paga no pixcrianças mimadas. O alvo da vez é a Vogue, mais relevante publicação de moda e estilo de vida do País. A edição de maio, estrelada por Gisele Bündchen, produziu mais espanto do que um daqueles desfiles herméticos onde se aplaude o incompreensível. A chamada de capa 'Novo normal' e a linha-fina 'Simplificar a vida e se concentrar no essencial são os caminhos para um futuro mais ético e saudável' foram interpretadas como atentado ao bom senso e falsa sensibilização com a humanidade impactada pelo novo coronavírus.
A oportunista patrulha do politicamente correto, nas redes sociais e no YouTube, acusou a direção brasileira da Vogue de ser elitista (santo pleonasmo!), estar fora da realidade e fazer apologia ao luxo inacessível. Talvez seja um caso epidêmico do Complexo de Fourier, que faz o indivíduo desejar a miséria coletiva como forma radical de igualar as pessoas. Sim, a publicação da Condé Nast produzida no Brasil pela Editora Globo focacassino paga no pixparcela privilegiada da sociedade. Qual o problema? Há nas bancas dezenas de outros títulos igualmente direcionados ao leitor com situação financeira privilegiada. Por acaso essas revistas que empregam centenas de profissionais, movimentam vários setores da indústria e geram milhõescassino paga no piximpostos aos governos devem ser proibidas por supostamente ofender os mais pobres?
PublicidadeA massa de descontentes manifestou repúdio com a escolha de Gisele para o ensaio principal. Usar Prada (marca italiana desejada por todos, consumida por meia dúzia) foi um agravante. Disseram que o lugar da über model deveria ter sido ocupado por médicas, enfermeiras, voluntárias, enfim, mulheres anônimas atuantes no front da guerra contra a covid-19. Sim, elas são realmente heroínas dignas de capas e primeiras páginas. Várias publicações de moda (inclusive versões da Vogue em Países europeus) prestaram homenagens comoventes. A edição brasileira não o fez, e pronto. Foi uma escolha editorial. Preferiu abordagem idiossincrática ao destacar o novo estilo de vida que se impõecassino paga no pixconsequência do caos sanitário e da necessária autorreflexão.
Alta, loira, linda, famosa e milionária, Bündchen não é, de fato, o arquétipo da brasileira, tampouco de quem se exaure no campo de batalha da pandemia, mas, bem antes dessa tragédia global, a modelo já defendia a adoção de postura mais empática, a preservação dos recursos naturais e de maior contato com a natureza, o investimento pessoal na espiritualização, entre outras pautas convergentes com as demandas suscitadas por esse momento dramático da história. Necessário admitir que vesti-la na capa com uma marca nacional seria mais coerente. Agora, mais do que nunca, a moda brasileira — parte de cadeia têxtil que emprega 1,6 milhão de pessoas no País — grita por apoio midiático e governamental para sobreviver a novo tombo. Entretanto, toda publicação precisa cumprir acordos comerciais para sobreviver. As 'Pradas' da vida pagam as contas (e os salários) e ajudam a manter o trôpego mercado editorial de pé.
Opor-se à Vogue e ao que ela simboliza é um direito inegociável. Nada e ninguém podem sequestrar a liberdade de opinião. Contudo, no tribunal da internet, o que deveria ser argumento se mostra mero frenesi exibicionista. Muitas dessas pessoas que vociferam contra a revista e a elite 'insensível e predadora' são as mesmas que, sendo de classe média, sonham ascender à casta que tanto condenam, vendem uma vida artificialmente glamourosacassino paga no pixposts constrangedores, não dão 'bom dia' ao porteiro do próprio prédio, reclamam quando a diarista reajusta o preço da faxina, tratam o motorista de Uber como se fosse seu chofer particular, ignoram a gorjeta do garçom e preferem vender suas roupas 'fora de moda'cassino paga no pixbrechós online a doá-las.
Boa parte de quem, hoje, vangloria-se dessa empatia súbita e do ativismo humanista (só virtual, ressalte-se) logo sairá correndo para o primeiro shopping center a fim de saciar o consumismo reprimido na quarentena.
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