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Na edição de sexta-feira (19), pela primeira vez, o ‘Jornal Nacional’ abordou o inquérito de desobediência a uma decisão judicial que teria sido praticada por William Bonner e Renata Vasconcellos. A investigação aconteceu a partir de notícia-crime apresentada à Polícia Civil pelo senador Flavio Bolsonaro, filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro.
O político envolvido no escândalo das rachadinhas na Assembleia Legislativa do Rio alegou que os âncoras do ‘Jornal Nacional’ noticiaram informações sobre o caso mesmo com uma proibição da Justiça de citar ou exibir dados sigilosos da investigação. Em dezembro, Bonner e Renata chegaram a ser intimidados a depor.
PublicidadeNo mês passado, a juíza Maria Tereza Donatti, do 4° Juizado Especial Criminal do Rio de Janeiro, encerrou o inquérito a fim de “restaurar a normalidade e resguardar o livre exercício da imprensa”. Ao longo desses quatro meses, a Globo conduziu a briga jurídica com discrição. Não houve abordagem no ‘Jornal Nacional’.
Ontem, o telejornal aproveitou outro caso envolvendo um filho do presidente para se manifestarbrazino777 plataformaprol de Bonner e Renata. A denúncia de Carlos Bolsonaro contra o influenciador digital Felipe Neto, por ter chamado Jair Bolsonaro de genocida, gerou uma matéria na qual foi citado o inquérito contra os apresentadores.
“O Ministério Público determinou o arquivamento desse processo por considerar sem fundamento a acusação contra os jornalistas, e ressaltou que deve prevalecer, neste caso, a liberdade de informação”, afirmou o repórter Helter Duarte. Felipe Neto surgiu na matéria para defender a ele próprio e os âncoras do ‘JN’.
“Se a gente considerar que o mesmo delegado instaurou uma investigação ilegal, no uso da palavra utilizada pela juíza, contra mim, por crime contra a Segurança Nacional, e que esse mesmo delegado, me indiciou ano passado, por corrupção de menores, sem ter feito qualquer investigação, e que esse mesmo delegado, também instaurou inquérito e indiciou os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos, e que todos esses pedidos foram feitos ou por filhos do presidente da República ou por políticos ligados ao presidente da República, eu acho que fica bem fácil pra gente concluir que a polícia vem sim sendo utilizada como instrumento de perseguição política”, disse.
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