Uma regra básica do jornalismo é ouvir o outro lado, apresentar o contraditório.
A greve dos caminhoneiros que parou o País serviu para chacoalhar a mídiadicas hoje bet365geral.
Repórteres foram obrigados a ir às ruas, ao invés de apurar apenas por telefone, e-mail, WhatsApp ou via assessorias de imprensa de órgãos estatais.
A notícia estava no asfalto, espalhada, com variadas versões de um mesmo fato.
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Os telejornais, sempre com pouco tempo para análise, ofereceram ao telespectador muitas imagens do caos, mas não explicaram com o necessário detalhamento as reivindicações dos caminhoneiros ou das transportadoras que os mobilizaram.
Atrás do movimento havia centenas, milhares de homens e mulheres que cruzam o Brasil carregando os produtos que garantem o conforto cotidiano de nossas famílias.
Poucos deles tiveram suas histórias contadas, para que o público pudesse compreender melhor as agruras que esses profissionais vivem no dia a dia.
Mais um vez o telejornalismo deixou de humanizar a informação. Ficou mais preocupadodicas hoje bet365mostrar dados estatísticos e as confusas explicações dos governantes.
Uma das poucas exceções foi o ‘Fantástico’. Na edição de ontem, o programa exibiu matéria do veterano repórter Marcos Losekann acompanhando seu pai, o caminhoneiro Ary Losekann, num trecho de viagem.
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A greve deixa algumas lições. Uma delas é que o poder não está apenas nas mãos da imprensa, da elite empresarial e do governo.
Uma única categoria profissional pode, se quiser, usardicas hoje bet365influência para afetar a vida dos mais de 200 milhões de brasileiros.
Outro ensinamento: os jornalistas precisam sair das agradáveis redações com ar condicionado para correr atrás da notícia onde ela acontece, no meio do povo, nas rodovias esburacadas, nos confins desconhecidos desse País gigantesco.
Tomara que os poderosos que comandam os noticiários tenham entendido que a realidade não é uma só, se faz múltipla, e vai muito além do que conseguimos enxergar.
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