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A revista "Charlie Hebdo" fez uma crônica do atentado contrafoguetinho f12betredação,foguetinho f12bet7 de janeiro do ano passado, no número especial que chegou nesta quarta-feiras (6) às bancas, dedicadofoguetinho f12betboa medida a ridicularizar as grandes religiões monoteístas e o fanatismo.
Fabrice Nicolino, um dos sobreviventes do ataque que deixou 12 mortos, relata o atentado - realizado pelos irmãos Saïd e Chérif Kouachi - com um tom entre descontraído, humorístico, emocionado e com raiva.
"É abominavelmente triste efoguetinho f12betparte tão divertido que não sabemos por que choramos", ironizou Nicolinofoguetinho f12betseu artigo, ilustrado com um desenhofoguetinho f12betque o diretor da publicação assassinado, Stéphane Charbonier, "Charb",foguetinho f12betuma mesa com todos os seus companheiros, afirma: "digo de verdade: vamos continuar nos divertindo juntos por muito tempo".
Na manhã do atentado, os desenhistas e jornalistas de "Charlie Hebdo" tinham entabuladofoguetinho f12betuma grande discussão sobre "os jovens franceses que elegem a jihad (a guerra santa), com duas opiniões opostas e virulentas".
Uns responsabilizavam - lembrou Nicolino - a sociedade francesa por ter criado esses jovens fundamentalistas, enquanto outros destacavam que foram gastos bilhões de euros nos bairros conflituosos de onde procedem a maior parte desses radicais, sem resultados.
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A reunião da redação foi interrompida com a invasão dos irmãos Kouachi, encapuzados e armados com metralhadoras, que após matarem um empregado de manutenção do edifício, tomaram como refém uma das desenhistas da revista, Coco, para que ela os levasse até a redação.
Coco explicou que subiu até o segundo andar e ali, "paralisada", "com duas kalashnikov nas costas, (marcou) o código (da porta) como uma autômata" e os terroristas começaram a disparar.
Sigolène, outra das sobreviventes que estavam na redação, contou que quando esteve diante dos irmãos Kouachi, quem estavafoguetinho f12bettorno da mesa se olhou: "cruzei o olhar com 'Charb' e acho que tinha entendido" o que se passava.
Luz, um dos desenhistas, disse ter chegado tarde à revista porque era o dia do seu aniversário. "Tinha celebrado na cama com minha mulher, dois biscoitos e uma vela. Para me redimir pelo atraso, tinha comprado uma torta". Mas quando se aproximava do edifício foi advertido para que não entrasse porque havia uma tomada de reféns.
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Luz assinalou que viu então os dois terroristas saírem: "os vi caminhar para trás, com passos de dançarino, comofoguetinho f12betuma espécie de coreografia. Estava petrificado, concentrado no absurdo da dimensão gráfica do que via".
Quando um policial disse a ele que não entrasse na redação para não ficar com a imagem do banho de sangue na cabeça, Luz lembrou que, de onde estava, assinalava que "não via mais do que seus cus. O cu dos meus amigos mortos".
O número especial do aniversário do atentado chegou às bancas com uma tiragem de um milhão de exemplares com desenhos de algumas das vítimas e um editorial assinado pelo atual diretor, o desenhista Laurent Sourisseau, conhecido como "Riss", que dispara contra todos os que tentaram matar a publicação, sem sucesso,foguetinho f12betparticular contra os fanáticos religiosos.
"O ano de 2015 foi o ano mais terrível da história do 'Charlie Hebdo', porque fez sofrer o pior suplício para um periódico de opinião: pôr a toda prova nossas convicções. Eram suficientemente fortes para nos dar energia para nos levantarmos?
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"Você tem a resposta entre suas mãos" - se dirigindo diretamente aos leitores. "As convicções dos ateus e dos laicos podem movimentar ainda mais montanhas do que a fé dos crentes", finalizou.