casino online pt-IA 'ressuscitando' os mortos: isso é mesmo permitido?

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Regulamentações específicas precisam ser criadas para garantir o uso ético dessas tecnologias
7 ago 2023 - 06h15
Foto: Reprodução

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A rápida evolução das tecnologias de Inteligência Artificial (IA) trouxe consigo uma série de questões éticas complexas. Entre elas, está o debatecasino online pttorno da criação de deep fakes – técnica que utiliza imagens ou sons humanos feitas por meio de IA. 

Um exemplo dessa técnica é o recente caso da propaganda da Volkswagen,casino online ptque aparece a cantora Elis Regina, mortacasino online pt1982, ao lado da filha, a também cantora Maria Rita,casino online ptuma cena ultra realística, a qual as duas cantam o sucesso de autoria de Belchior, "Como Nossos Pais".

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Por mais que o vídeo tenha remetido uma emoção sem igual, tendocasino online ptvista que Elis morreu antes de ver a própria filha crescer, é fundamental refletir sobre as implicações éticas e morais dessa prática, uma vez, também, que ainda não dispomos de uma legislação aprovada que ampare este tipo de caso.  

O potencial dos deep fakes

Embora os deep fakes tenham o potencial de serem usados de forma criativa e divertida, eles também podem ser uma ferramenta poderosa para disseminar informações falsas, difamar pessoas, criar pornografia não consensual, manipular vídeos para fins de fraude, entre outros. Essas situações podem prejudicar a confiança e a credibilidade de pessoas e/ou marcas.  

Tudo isso porque a deep fake, por meio da IA, combina algoritmos de aprendizado de máquina e processamento de imagem a fim de criar conteúdo falso e realista – geralmente vídeos –, nos quais rostos, vozes e movimentos são manipulados de forma a parecerem autênticos. No entanto, são trabalhados totalmente de forma fictícia e, como no caso da Elis, sem o consenso direto da pessoa.  

Caso foi parar no Conar

Diante da grande repercussão, o Conar (Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária) abriu uma representação ética contra a campanha da montadora de veículos a partir das denúncias de consumidores que questionam o uso da IA para fazer a propaganda de quem já morreu. A contestação também reflete que a utilização da imagem da cantora pode trazer confusão entra a ficção e a realidade, principalmente entre os mais jovens.

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Nesta discussão, que promove uma série de questionamentos éticos e morais, vale abordar que,casino online ptprimeiro lugar, essa ótica impulsiona a questão do consentimento e privacidade da pessoa, dona da imagem utilizada. O falecido não pode mais expressarcasino online ptvontadecasino online ptrelação ao uso decasino online ptimagemcasino online ptdeep fakes e é crucial respeitar seus desejos prévios quando disponíveis. 

Pode ser uma questão até de dignidade

Além disso, a disseminação sem consentimento pode violar a privacidade e a dignidade do mesmo, bem como causar angústia emocional aos entes queridos que mantêm a memória do indivíduo.

Diante dessas considerações, é fundamental que os criadores e usuários de deep fakes de pessoas falecidas ajam com responsabilidade, respeitando os desejos e direitos da pessoa, conforme o que ela expressava aindacasino online ptvida. Regulamentações específicas precisam ser criadas para garantir o uso ético dessas tecnologias, levandocasino online ptconta os aspectos legais, morais e emocionais envolvidos.  

A conscientização sobre as implicações éticas e o diálogo aberto são essenciais para garantir que as representações digitais de pessoas falecidas sejam tratadas com respeito, dignidade e consideração por todos os aspectos que envolvem aqueles que já não estão entre nós.

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(*) Bárbara Fraga é head de Data Science da A3Data, consultoria especializadacasino online ptdados e IA.

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Fontes de referência

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