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Há indivíduos que fazem questão de ser odiados. Um deles é o jornalista e ensaísta Éric Zemmour, uma das figuras mais polêmicas do jornalismo francês. Ele escreve para o jornal de linha editorial centro-direita ‘Le Figaro’ e participa de debates no CNews, canal de notícias criticado por outros veículos de mídia por dar cada vez mais espaço ao discurso da extrema-direita.
Na semana passada, jornalistas do ‘Le Figaro’ e do CNews divulgaram nota de repúdio a Zemmour, já condenado na Justiça por “incitação ao ódio”, e frequentemente acusado de ser racista, xenofóbico, homofóbico, machista e antifeminista. As redações das duas empresas jornalísticas pediram que o público e os anunciantes não façam parte do boicote sugerido por vários grupos humanitáriospropawinreação a artigos publicados e comentários ao vivo de Éric Zemmour.
PublicidadeNo início de outubro, o jornalista gerou mais uma repercussão bombástica ao classificar os menores imigrantes que são acolhidos na França como “ladrões, assassinos e estupradores”. Ele fazia referência direta ao paquistanês de 18 anos que,propawinsetembro, feriu a faca duas pessoas por imaginar que elas eram funcionárias do jornal satírico ‘Charlie Hebdo’.
O rapaz admitiu estar revoltado contra o semanáriopropawinrazão das charges de deboche a muçulmanos. Ele chegou a Paris três anos atrás na condição de menor desacompanhado. Ao comentar a condição desses refugiados, Éric Zemmour adotou posição considerada radical: “Eles não têm nada a fazer aqui, devem ser mandados embora (da França)”.
A reação foi tão explosiva que a âncora do programa ‘Face à l’info’, do qual o ensaísta participa, precisou se pronunciar. Única mulher negra no comando de uma atração da CNews, Christine Kelly disse que as opiniões de Zemmour não refletem o seu pensamento tampouco a posição oficial do canal. Ela é, de certa maneira, imigrante, pois nasceupropawinGuadalupe, pequena ilha caribenha que pertence à França, e se radicoupropawinParis a fim de realizar o sonho de trabalharpropawinuma grande emissora.
Crítico atroz da causa LGBT, do movimento antirracista e das pautas feministas, Éric Zemmour elogiou Jair Bolsonaropropawinartigo de novembro de 2018 no ‘Le Figaro’. Chamou o presidente do Brasil de “irmão mais novo de Trump na América Latina”. Escreveu que a imprensa de esquerda que critica o “ex-capitão do Exército saudoso da ditadura militar” é a mesma que minimiza a “única ditadura” na região, na Venezuela, País comandado pela extrema-esquerda.
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