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Há algo errado quando o jornalista vira notícia. O profissional de imprensa não deve chamar mais atenção do que a informação que passa ao público.
Com Eliane Cantanhêde, da GloboNews, essa inversão aconteceu algumas vezes. A mais recente, com ruidosa repercussão na mídia e nas redes sociais, envolve Janja Silva.
A comentarista criticou a presença da mulher de Lula no processo de transição do atual governo para a futura Presidência do petista.
"Ela já começou a participar de reunião, já vai dar palpite e daqui a pouco ela vai dizer quem pode ser ministro. Isso dá confusão. Se é assim na transição, imagina quando virar primeira-dama", disse no ar.
A jornalista foi além. "Eu acho que o bom exemplo de primeira-dama foi a Ruth Cardoso (esposa do presidente FHC), que, como a Janja, tinha o brilho próprio. Era professora universitária, uma mulher respeitada na área dela, mas não tinha protagonismo."
A reclamação da comentarista foi considerada machista e desconectada da evolução do espaço e do papel das mulheres na sociedade.
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Socióloga com mestrado, Janja não quer ser apenas uma figura decorativa ao lado de Lula, como algumas primeiras-damas.
Ainda que não tenha sido eleita, ela tem o direito de participar deste momento histórico vivo pelo marido — e não como mera coadjuvante atrás do paredão de políticos.
Até porque deu valioso suporte emocional a Lula na época da prisãoapostas de dinheiroCuritiba e ao longo da mais difícil campanha eleitoral enfrentada pelo ex-presidente.
O jornalista que não reconhece o papel, o mérito e o legítimo poder de influência de Janja é desinformado ou age de má-fé. Talvez com a intenção de 'lacrar para aparecer'.
Na falta de 'furos' (informaçõesapostas de dinheiroprimeira mão, no jargão jornalístico), Eliane Cantanhêde acabou gerando manchetes negativas a ela própria.
Não foi a primeira vez que a comentarista virou notícia. Em junho, se tornou meme ao elogiar o inglês "razoavelmente compreensível" de Jair Bolsonaro na Cúpula das América. Foi corrigida ao vivo pelos colegas do 'Em Pauta'. A voz era do intérprete, não a do presidente.
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Dois meses depois, protagonizou um momento tão hilário quando aflitivo. Quando analisava o impacto das pautas ideológicas na eleição, um inseto entrou emapostas de dinheiroboca produzindo desconforto e tosse. "Desculpe, acabei de engolir uma mosquinha", avisou.
Os outros jornalistas que estavam no ar não seguraram o riso.
Comentário extremamente infeliz da Eliane Cantanhêde. Ajudem a subir a tag RESPEITA A JANJA!
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