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Entre as definições para ‘carisma’ no dicionário Houaiss está “fascinação irresistível exercida sobre um grupo de pessoas”. É justamente o que falta à maioria dos personagens de ‘Terra e Paixão’.
O problema se mostra mais grave entre os protagonistas. Mesmo interpretados por atores talentosos, eles não empolgam, tampouco geram identificação ou torcida a favor.
PublicidadeUma trama pode ser fraca, porém, os noveleiros não perdoam personagens insossos. Aline, Caio e Daniel formam um trio sem a necessária química. Não há entre a fazendeira e os irmãos apaixonados por ela o necessário fogo da paixão. Tudo é morno, às vezes até frígido.
O mesmo acontece com os principais vilões. Antônio, Irene e Graça são tediosos. Falta o vigor da maldade e aquela pitada de humor ácido que diverte o público. Os telespectadores se acostumaram com a sedução de malvados desconstruídos. Não dá para aceitar antagonistas pomposos tão aborrecidos.
Autor de ‘Terra e Paixão’, Walcyr Carrasco presenteou os fãs de teledramaturgia com casais românticos cativantes, a exemplo de Catarina e Petruchio (‘O Cravo e a Rosa’), Serena e Rafael (‘Alma Gêmea’), Paloma e Bruno (‘Amor à Vida’).
Assim como criou alguns dos mais melhores vilões. Entre eles, a Violante de ‘Xica da Silva’, a Cristina de ‘Alma Gêmea’, o Félix de ‘Amor à Vida’ e o Alex de ‘Verdades Secretas’.
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