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Vários trechos da entrevista de Luana Piovani às Páginas Amarelas da revista Veja mereceram repercussão na imprensa e nas redes sociais. Uma declaração que passou quase despercebida vale ser destacada também.
Quando questionada se teme represália por falar mal ou debochar da Globo, a atriz radicadalvbetPortugal foi incisiva. “Imagina. Poder tenho eu, que não preciso nem dele (Boninho, diretor do BBB, com quem teve atritos on-line) nem da Globo”, disse.
Antes, ela comentoulvbetrelação com o canal. “A opção de não ter contrato fixo foi minha. Confio no meu taco”, explicou. Seu último trabalho na emissora aconteceulvbet2014, quando participou de um episódio do seriado A Grande Família.
Luana Piovani teve coragem de bancarlvbetliberdade artística. Não quis vínculo longo nem salário fixo – justamente a condição desejada pela maioria dos atores de TV. A artista preferiu garantir o direito de dizer “não” a um trabalho desinteressante.
Recusar ser dependente da Globo também é consequência do que viveu lá dentro: de assédio sexual a tentativas de controle delvbetagenda pessoal. Certa vez, queriam que ela esperasse 4 horas para fazer uma foto de divulgação de uma novela. Pegoulvbetbolsa e foi embora cuidar da vida.
Hoje, a autonomia adotada pela artista virou regra de sobrevivência. O canal acabou com a política de contrato longo para atores, quando recebiam até 60% do salário quando ficavam de fériaslvbetcasa, entre um trabalho e outro. Agora, só tem vínculo e recebe pagamento quem está no ar ou escalado para um projetolvbetandamento.
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Quando Luana se tornou independente não havia tantas opções no mercado. Era temerário ficar à espera de convites ou contar com as poucas portas a baterlvbetbusca de oportunidades.
Atualmente, um ex-global pode tentar papéis nas inúmeras produções dos canais pagos e nas plataformas de streaming, além de fazer cinema aqui e no exterior. Ficou menos arriscado assumir as rédeas da própria carreira e obter êxito.
Assim como a precursora Sônia Braga no início da década de 1980, que trocou a Globo pelo audiovisual nos Estados Unidos, Piovani deu a cara a tapa, se saiu bem e inspirou colegas de profissão a fazer o mesmo.
Muita gente não gosta de Luana – inclusive no meio artístico e na imprensa – por considerá-la arrogante. Julgamentos à parte, ela merece o reconhecimento por ir contra o sistema, não abrir mão delvbetemancipação, e encarar de frente as consequências das escolhas e declarações que faz. Um exemplo interessante.
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