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“Vocês romantizam o empreendedorismo”. Vejo essa frase o tempo todo e até entendo o que as pessoas querem dizer com ela, mas essa discussão é bem mais profunda do que parece e eu vou acrescentar mais um ponto a ela.
Do lugar de mulher negra e empreendedora, sei que isso aqui não é romance. Não na maior parte do tempo. Menos ainda se a gente cai na conversa dos gurus do marketing digital e startapeiros.
PublicidadeÉ por isso que eu não pinto de rosa o desemprego que obriga muitas de nós a empreender, as jornadas exaustivas de trabalho, a falta de seguridade social, etc. Mas dá para tocar um negócio de forma saudável e abundante para a nossa história.
Já fui uma empreendedora que mistura vida pessoal e profissional, topa um volume de trabalho tóxico e aceita qualquer projeto. Para quem teve poucas oportunidades, dizer não parece um crime. Me vi como uma funcionária sem direitos, e não uma empresária. Foi uma fase, e luto todos os dias para ela ficar no passado.
Tenho o privilégio de ter acesso à informação e de ter uma empresa que passou por processo de incubação, aceleração, mentoria e que hoje entende que a Amanda da Grana Preta não vai existir sem a Amanda Dias, a pessoa que é filha, esposa, irmã e não só profissional. Não é à toa que meu conceito de prosperidade está no topo do meu perfil e guia o meu propósito como educadora: PROSPERIDADE É VIVER BEM.
Trabalhar pelo meu sonho ou para crescer o patrimônio do outro?
Com isso, eu preciso dizer que já tive vários empregos, mas nenhum me deu tantas possibilidades para cuidar de mim quanto ter a minha própria empresa. Só agora posso ir ao médico no dia que quero, tirar uma tarde da semana (às vezes) para passar com minha mãe, regular meu ritmo de trabalho com minhas obrigações religiosas, porque sou dona do meu negócio.
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