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BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 22, que o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgado pelo Banco Central (BC) é "muito preocupante". Segundo ele, o governo divulgou também nesta quarta, por meio do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do primeiro bimestre, que as projeções para as contas públicas estão melhorando.
"Eu considerei o comunicado do Copom preocupante. Muito preocupante, porque hoje nós divulgamos o Relatório Bimestral da Lei de Responsabilidade Fiscal, mostrando que as nossas projeções de janeiro estão se confirmando sobre as contas públicas, e o comunicado deixaroleta standaberto, no momentoroleta standque a economia está retraindo e que o crédito, sobretudo para empresas e famílias, está com problema. O Copom chega a sinalizar até a possibilidade de uma subida da taxa de juros, que já é hoje a mais alta do mundo", disse.
PublicidadeSegundo Haddad, a depender das futuras decisões do BC, o resultado fiscal pode ser comprometido. O ministro ainda sinalizou que espera que a ata do Copom atenue o tom do comunicado.
"Obviamente, nós sempre vamos fazer chegar ao Banco Central as nossas observações, como aconteceu no primeiro comunicado da reunião de fevereiro. O primeiro comunicado também veio muito duro. A ata atenuou. Em alguns dias depois a ata veio diferente, uma pouco atenuada. Tomara que isso aconteça de novo. Nós esperamos que isso aconteça de novo, mas nós vamos fazer chegar ao Banco Central a nossa análise do que é mais recomendável para a economia brasileira encontrar o equilíbrio, de trajetória da dívida, da inflação, das contas públicas, do atendimento às demandas sociais", disse.
Haddad afirmou que as reiteradas críticas que tem feito ao BC e às decisões do Copom de manter os jurosroleta stand13,75% ao ano não geram ruídos porque são feitas de "boa-fé". "Na verdade, não existe ruído quando existe boa-fé. Eu estou aqui de boa-fé emitindo uma opinião que, eu penso que deve ser considerada pela política monetária, de uma pessoa que ocupa o Ministério da Fazenda", afirmou.
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InflaçãoO ministro minimizou as preocupações do Copom com a piora do ambiente internacional e com as expectativas de inflação. Ele afirmou que o Brasil estároleta stand"uma situação diferente dos demais países, porque a nossa inflação está mais controlada que a do mundo desenvolvido". Haddad ainda ressaltou que a apresentação do arcabouço fiscal deve melhorar as expectativas para a inflação.
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