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Quem nunca se deliciou vendo um filme, uma novela ou uma série na qual um grande escândalo foi revelado logo após o padre pronunciar a frase: “Se alguém presente souber de alguma razão pela qual este casal não deve se unir no sagrado matrimônio, fale agora ou cale-se para sempre”?
Essa oportunidade para impedir um casamento aparece oficialmente no Livro de Oração Comum publicadocaça niquel legalizado1549 pela Igreja Anglicana e tinha como objetivo permitir que fossem denunciados casos nos quais, por exemplo, um dos noivos não fosse batizado no cristianismo, estivesse participando do evento contracaça niquel legalizadovontade ou já fosse casado. Poderia ser também a situação na qual um dos dois não tivesse a idade permitida para se casar, ou se a união envolvesse parentesco sanguíneo.
PublicidadeOcorre que recentemente, a Câmara dos Deputados passou a analisar uma proposta de versão moderna desta frase com a apresentação do Projeto de Lei 1973/23, pela deputada Dayany do Capitão (União-CE). A iniciativa, que também pode ser comparada com um movimento de background check, pretende exigir que, entre os documentos necessários para a habilitação para o casamento, seja apresentada a Certidão de Antecedentes Criminais e a Certidão Judicial de Distribuição Cível e Criminal, o popular “Nada Consta” das comarcas onde os noivos moram e trabalham.
...Ou se cale para sempre
Pelo textocaça niquel legalizadoanálise, os noivos deverão acessar as certidões para terem plenas condições de "reflexão, amadurecimento e tomada da decisão mais convicta sobre o casamento”, o que parece ser muito bem-vindo considerando a união matrimonial como um acordo cujo objetivo, a princípio, é de que seja para sempre.
Afinal, o que poderia ser pior do que descobrir depois de assinados os termos do casamento que o agora já cônjuge havia sido acusado, processado, julgado, condenado e até preso por ter cometido um crime do qual nunca havia mencionado anteriormente?
Trazendo essa surpresa negativa para o mundo dos negócios, o que poderia ser pior do que descobrir depois de ter contratado um profissional ou ter assinado um contrato de milhões de reais assumindo altas responsabilidades sociais, ambientais e éticas que a empresa parceira ou seus executivos já foram acusados, processados, julgados, condenados e até presos por terem cometido um crime do qual nunca haviam mencionado anteriormente?
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