apostas-De Menem a Fidel Castro: a vida política 'agitada' de Diego Maradona
apostas
Apesar de ter apoiado neoliberal Menem à presidência, craque argentino ficou conhecido por simpatia pelas ideologias de esquerda, incluindo seus líderes.
apostas de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
O argentino Diego Maradona, que morreu nesta quarta-feira (25/11) aos 60 anos após sofrer uma parada cardíacaapostascasa, era polêmico dentro e fora dos gramados, especialmente quanto ao seu posicionamento político.
Duranteapostasvida, o ex-jogador e técnico apoiou personalidades de campos ideológicos distintos.
De um lado, fez campanha para o neoliberal Carlos Menem, que viria a se tornar presidente argentino.
Mas foi, sem dúvida,apostassimpatia pelas ideologias de esquerda, especificamenteapostaslonga amizade com o líder cubano Fidel Castro, que ganhou os holofotes da mídia.
"Diego é um grande amigo e muito nobre também. Também não há dúvida de que ele é um atleta maravilhoso e manteve uma amizade com Cuba sem ganho material dele mesmo", disse Castro certa vez sobre o argentino.
O encanto por Castro era tanto que Maradona tatuou o rosto do líder cubano emapostasperna esquerda e o de seu compatriota argentino Che Guevara, outro expoente da Revolução Cubana,apostasseu braço direito.
Publicidade
Diego Maradona morre aos 60 anos vítima de ataque cardíaco
Video Player
Maradona também dedicou a Castro, entre outras pessoas,apostasautobiografia, Yo soy El Diego ("Eu sou Diego",apostastradução livre).
"A Fidel Castro e, por meio dele, a todo o povo cubano ", escreveu ele,apostasseu livro de memórias.
Castro também foi um dos convidados mais notórios do programa que Maradona conduziu na TV argentina, do qual Pelé também participou.
O argentino também era conhecido por apoiar abertamente o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez.
Em 2005, viajou à Venezuela para se encontrar com Chávez, que o recebeu no Palácio Miraflores, sede do governo.
Após o encontro, Maradona afirmou que tinha vindo encontrar um "grande homem", masapostasvez disso encontrou um "gigante".
"AcreditoapostasChávez, eu sou chavista. Tudo que Fidel faz, tudo que Chávez faz, para mim é o melhor", disse.
A amizade entre os dois franqueou a Maradona o posto de convidado de honra de Chávez no jogo de abertura da Copa América de 2007, realizada na Venezuela.
Publicidade
Em seu país natal, a Argentina, Maradona também apoiou os governos de Néstor Kirchner e deapostasmulher, Cristina. Em 2010, participou, inclusive, do funeral de Estado do primeiro.
Também era apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e chegou a comemorarapostassoltura no Instagram.
"Hoje se fez justiça", disse o argentinoapostasnovembro de 2019.
No Twitter, Lula lamentou a morte de Maradona.
1 - Diego Armando Maradona foi um gigante do futebol, da Argentina e de todo o mundo, um talento e uma personalidade única. Aapostasgenialidade e paixão no campo, aapostasintensidade na vida e seu compromisso com a soberania latinoamericano marcaram nossa época.
pic.twitter.com/DubeM2PgQ4
"Diego Armando Maradona foi um gigante do futebol, da Argentina e de todo o mundo, um talento e uma personalidade única. Aapostasgenialidade e paixão no campo, aapostasintensidade na vida e seu compromisso com a soberania latino-americana marcaram nossa época", escreveu Lula.
"No campo, foi um dos maiores adversários, talvez o maior, que a seleção brasileira já enfrentou. Fora da rivalidade esportiva, foi um grande amigo do Brasil. Só posso agradecer todaapostassolidariedade com as causas populares e com o povo brasileiro. Maradona jamais será esquecido", acrescentou.
Publicidade
apostas
Contra o imperialismo
Maradona também se dizia contra o imperialismo.
Na Cúpula das Américas de 2005, realizadaapostasMar del Plata, na Argentina, o argentino protestou contra a presença de George W. Bush no país, vestindo uma camiseta com a frase "STOP BUSH" (com o "s"apostas"Bush" sendo substituído por uma suástica, o símbolo nazista) e se referindo a Bush como "lixo humano".
Em agosto de 2007, Maradona foi mais longe, fazendo uma aparição no programa semanal de televisão de Chávez, Alo Presidente, dizendo: "Odeio tudo que vem dos Estados Unidos. Odeio com todas as minhas forças".
No entanto,apostasdezembro do ano seguinte, o argentino adotou uma atitude mais pró-EUA ao expressar admiração pelo sucessor de Bush, o então presidente eleito Barack Obama.
Na época, Maradona disse ter "grandes expectativas"apostasrelação a ele.
Em dezembro de 2007, Maradona apresentou uma camisa autografada com uma mensagem de apoio ao povo do Irã. O item está exposto no museu do Ministério das Relações Exteriores iraniano.
Publicidade
Jáapostasabril de 2013, Maradona visitou o túmulo de Chávez e pediu aos venezuelanos que elegessem seu sucessor designado, Nicolás Maduro, para continuar o legado do líder socialista.
O argentino chegou a participar do comício final da campanha de MaduroapostasCaracas, assinando bolas de futebol e chutando-as para a multidão, e presenteou Maduro com uma camisa da Argentina.
Durante as eleições presidenciais de 2018, novo apoio a Maduro: Maradona participou e dançou no comício da campanha eleitoral.
Durante a crise presidencial venezuelana de 2019, a Federação Mexicana de Futebol o multou por violar seu código de ética e dedicar a vitória do time que comandava, Dorados de Sinaloa, a Nicolás Maduro.
Na mesma entrevista a jornalistasapostasque prestou a homenagem a Maduro, Maradona criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Publicidade
Igreja Católica
Não sobrou nem mesmo para o papa.
Uma de suas histórias mais famosas foi justamente por causa de uma crítica aberta contra o Vaticano, quando João Paulo 2º era o Papa. "Entrei e vi o teto dourado. E pensei comigo mesmo: como pode ser um filho da p... morar com um teto dourado e depois ir para países pobres e beijar os meninos com a barriga assim. Parei de acreditar, porque estava vendo", disse emapostasautobiografia.
Muitos anos depois, quando o argentino Francisco foi nomeado papa, Maradona reconquistouapostasconfiança na Igreja.
"De agoraapostasdiante sou o capitão do time de Francisco", disse.
BBC News Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC News Brasil.