roleta como funciona-Nenê descarta aposentadoria e comemora 10 anos de carreira no Brasil: 'Sempre aprendendo'

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Aos 43 de idade, meia do Juventude conta ao 'Estadão' como continua a ajudar o time, relembra 'segunda carreira' que construiu no País e mira recordes de longevidade
8 dez 2024 - 12h10
(atualizadoroleta como funciona9/12/2024 às 11h56)

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Nenê, vovô e garoto. Como alguém que intriga até mesmo um paradoxo temporal, o camisa 10 do Juventude vai completar 10 anos de carreira no Brasil. Ele chegouroleta como funciona2015 para jogar no Vasco, aos 39 anos. Desde então também somou Fluminense e São Paulo no currículo. Com 43 anos, Nenê fará o próximo aniversário ainda como jogador de futebol.

O destino ainda é incerto. O contrato com o Juventude encerra no final do ano, mas pode ser renovado, como foi feito jároleta como funciona2023,roleta como funcionauma das vezesroleta como funcionaque Nenê pararia de jogar e continuou. Foi assim que ele consolidou uma "segunda carreira" no Brasil.

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Depois de 15 anos desde a profissionalização e a maior parte do trabalho na Europa, Nenê vive uma nova década no futebol brasileiro. O retorno, ele lembra, foi de desconfiança. "Quando eu voltei para o Brasil, com 34 anos, pelo Vasco, diziam: "Ah, mais um cara aí que só veio roubar". E aí eu fiz outra carreira aqui no Brasil. Falava: 'Eu vou voltar para o Brasil para ficar perto da família, terminar bem minha carreir'. Conseguir jogar mais 10 anos realmente é uma coisa que não imaginava", conta Nenê ao Estadão.

A pergunta "de R$ 1 milhão" é: você vai continuar no ano que vem?

Essa é pergunta do milhão até para mim, viu? Vou te falar a verdade: a princípio eu ia terminar esse ano. Só que, cara, graças a Deus, eu ainda estouroleta como funcionaum nível bom. Consigo trabalhar igual a molecadinha de 19, 20 anos, né? Não estou tendo problema ainda. Não estou tendo lesões… porque meu medo era começar a ter lesões e tal. E começar a atrapalhar. E eu não tive esse ano. Então está sendo um ano muito bom. Se Deus quiser, a gente possa conquistar uma vaga na Sul-Americana, que seria uma coisa histórica para clube.

Claro, não sei se (continuar) seria aqui (no Juventude), mas,roleta como funcionaprincípio, tem essa possibilidade de eu jogar mais um ano e quebrar o restante de recordes que faltam ser quebrados. Eu iria parar, mas tudo que está acontecendo, a maneira como eu estou me sentindo bem… então tem essa possibilidade de eu jogar mais um ano.

No começo da carreira, você imaginava que ela fosse tão longeva?

Faz tanto tempo já isso, né? Quando eu comecei, há mais de duas décadas, eu realmente não imaginava que eu poderia jogar tanto temporoleta como funcionaalto nível. Imagina: 25 anos direto, marcando gols. O Campeonato Brasileiro é um campeonato tão difícil. Para mim, um dos mais difíceis no mundo, mais disputados. Acho que eu que ganha do Brasileiro é a Premier League. Talvez o Espanhol, mas lá não tem tantos times grandes, tanta rivalidade igual tem aqui no Brasil.

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Para mim, é uma honra muito grande. Eu sou muito grato a Deus e muito abençoado por ter conseguido manter todos esses anos jogando e realmente a gente não espera. Tudo que eu conquistei, nem faloroleta como funcionatermos de títulos, mas o respeito que eu tenho. Times rivais, inclusive. O carinho e o respeito são coisas muito difíceis de conseguir.

A necessidade de experiência é algo que não muda no futebol, enquanto outros aspectos, sim. Intensidade é um deles. Como você se adaptou vivendo tanto tempo no esporte?

Eu achei que ia ser mais difícil do que eu esperava, Antes de vir para o Brasil, eu joguei no PSG, até para toda carreira na Europa, de ponta. A minha capacidade física e resistência era muito boa. O que você perde é a velocidade. Eu era muito mais magro, era um pouco mais rápido.

Na minha posição (hoje), eu tenho que pensar mais. Então, eu consigo jogar mais rápido com a bola sem ficar correndo muito. Só que você tem que ter uma resistência boa, porque a intensidade está grande. Eu corro o campo inteiro, minha resistência continua boa. Eu tendo que me posicionar, ajudar fechar a marcação, que é a hora que sem bola, que a gente hoje precisa mais essa resistência. Isso eu consigo fazer. Não tem aquela velocidade de antes, mas eu consigo compensar com a minha técnica, com pensamento.

Muito por isso você é querido pelas torcidas. No Juventude, isso é diferente, enquanto um clube grande, mas do interior?

Quando eu vim para o Juventude, eu ia parar de jogar. Estava numa situação no Vasco,roleta como funcionaque eles queriam que eu ficasse já para a "próxima etapa". Eu ainda tinha aquela coisa no meu peito que falava: "Pô, eu ainda consigo ajudar". Inclusive no Vasco, eu acredito que ainda daria para ter ajudado. Depois tiveram que contratar jogadores da minha posição, porque viram que aquele estilo que o Vasco queria jogar não tava dando. E aí acabou que o Pintado (técnico do Juventude na época) me ligou e falou meio que praticamente tudo que eu queria ouvir

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É um time diferente. Não é um time de massa, mas é uma coisa muito genuína. Quem é o torcedor gosta muito. Não é aquela coisa de torcer se ganhar. Uma coisa muito mais familiar. A minha chegada, o pessoal meio que ficou: "Pô, vai vir aqui mesmo?". E isso foi muito bacana, esse respeito desde quando eu cheguei. Me deu uma motivação muito grande.

Às vezes você não tem a dimensão das coisas, do que você representa. Eu mesmo não tenho dimensão, porque eu me sinto uma pessoa normal. Sou muito pé no chão, muito tranquilo. E aí você ter essa recepção, esse carinho.

Tinha aquela coisa do frio. Mas eu já tinha jogado muito tempo fora e, na minha situação, no momento era bom porque, com a minha idade, já tem dificuldade e todo mundo tem dificuldade no calor. No Rio, era difícil. Para mim, era bom o friozinho, porque o desgaste era muito menor. E aí a gente conseguiu subir para Série A, que era um objetivo do time (em 2023). Eu ia parar de jogar, mas conseguimos uma coisa tão bonita, esse ano continuou. Foi muito melhor do que eu imaginava.

Além da estrutura do clube, a organização. Coisa que você não vê às vezesroleta como funcionatime grande que está cheio de problema, dívida. Mas você vê um time de uma cidade do interior, tudo bonitinho, organizadinho, com a estrutura boa… é claro tem as suas dificuldades, mas eles vão ali no que pode para ser uma coisa correta. Não posso ficar iludindo para agradar torcida e depois ter problemas. O Juventude foi o casamento perfeito. Acho que nenhum dos lados esperava.

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Você falou sobre não ter a dimensão às vezes, masroleta como funcionapostura é de referência. Como passar isso para os jovens?

Você vê a alegria da molecada. Quando a gente trabalha junto, treina junto, pede, algum conselho… sempre que eu puder ajudar, eu ajudo os meninos. Acho que isso também é um legado. Mesmo às vezes sem eu falar nada, acho que o exemplo é uma coisa que arrasta muito. A atitude que você tem. Ninguém é perfeito, mas a gente tenta todo dia. E a gente faz o que a gente gosta. Eu pelo menos faço o que eu gosto.

E é a realização de tudo. Para eles saberem: "Se eu quiser tal coisa, se eu trabalhar dessa maneira, se você assim, eu também posso conquistar grandes coisas e prolongar bastante na minha carreira".

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O Roger Machado fez um grande trabalho no Juventude neste ano e, quando foi para o Internacional, manteve um ótimo desempenho. Ao todo, ele fez 66 pontos no Brasileirão, somando os dois clubes. Como era o trabalho com o Roger?

Ele é um treinador que deixa tudo mastigado. Um conhecedor do futebol, do dia a dia. Taticamente, a maneira como ele enxerga as coisas e acaba passando para o gruporoleta como funcionarelação ao próximo adversário… e você já sabe praticamente tudo o que vai acontecer. Ele tenta, a cada semana, criar os caminhos para você poder passar o esse obstáculo. Busca o ponto fraco do adversário. Ele era muito bom. Com certeza, o time nessa época,roleta como funcionatermos de resultados, era muito bom.

Mas a gente sabe como é. Ele teve uma oportunidade, pessoalmente de crescimento. Eu acho que é uma coisa totalmente normal. E faz parte da nossa profissão. E a gente vê o trabalho que ele está fazendo é realmente sensacional, uma recuperação tremenda.

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Ele não treina, por exemplo, só três tipos de formação tática. Ele faz com que o jogador saiba realmente o que ele tem que fazer. E aí a gente diz: "Ah, é uma coisa tão simples". Mas não é. E tem muitos treinadores que dão os treinos, e claro, você está mais ou menos acostumado e no jogo você faz aquilo ali, mas pode ter uma organização do adversário, outra formação, e aí o cara não arruma. Você acaba tendo problemas. E ele tinha essa capacidade de fazer o time mudarroleta como funcionauma situação dentro do jogo, que outros treinadores entre aspas "não conseguiam". Nessa parte, ele realmente é acima dos outros treinamentos.

Você ainda tem o que aprender depois desse tempo todo?

Ah, cara, todo dia a gente tem que aprender alguma coisa, né? O futebol sempre está mudando. Então, eu sabia antes, pode ser que não venha ajudar agora, mas tem, claro, muitas coisas que eu possa ajudarroleta como funcionadeterminados momentos, mas tem certas coisas ainda que a gente vai aprendendo.

Os treinadores são, hojeroleta como funcionadia, muito mais estudiosos, porque o futebol demanda. Você vê, na Europa, os times, parece que você está jogando videogame. É uma coisa sensacional. No Brasil, não tinha muito isso. Era mais o improviso, mais técnica, mais criatividade. A gente sempre pode estar aprendendo.


Fontes de referência

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