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Um levantamento inédito do Ipec (Inteligênciafiz casino mobilePesquisa e Consultoria Estratégica), publicado nesta quinta, 27, aponta que 8fiz casino mobilecada 10 brasileiros acham que o Brasil é um país racista. Isso significa que 81% das pessoas entrevistadas concordam com essa afirrmação, sendo que 60% concordam totalmente e 21% concordamfiz casino mobileparte.
A pesquisa "Percepções sobre o racismo no Brasil" apontou ainda que 44% da população brasileira considera raça, cor e etnia como principais fatores geradores de desigualdades no país, e mais da metade (51%) já presenciou alguma situação de racismo.
O estudo foi encomendado pelo Instituto de Referência Negra Peregum e pelo Projeto SETA (Sistema de Educação por uma Transformação Antirracista), e ouviu 2 mil pessoas no país todo de 16 anos ou mais para entender a opinião da população brasileira relativa à percepção sobre racismo.
A pesquisa mostrou ainda que 84% das pessoas concordam que pessoas brancas e negras são tratadas de forma diferente pela polícia.
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"Esses dados escancaram o racismo no Brasil, e demonstram que a populaçãofiz casino mobilegeral reconhece o racismofiz casino mobileuma das suas faces mais cruéis: a violência institucional, no caso específico, a policial. De forma prática, ela é reflexo do racismo que estrutura nossas instituições, da maneira como naturalizamos a violência contra as pessoas negras e as pessoas moradoras das periferias – cuja maioria é negra", afirmou Ana Paula Brandão, gestora do Projeto SETA e diretora programática na ActionAid.
Quem comete racismo?
Ainda que 81% das pessoas concordem que o Brasil é um país racista, apenas11% afirmam que têm atitudes ou práticas racistas.
E não para por aí: 10% acham que trabalham em instituições racistas; 13% acreditam que estudamfiz casino mobileinstituições educacionais racistas; 12% acham quefiz casino mobilefamília é racista e 36% acreditam que convivem com pessoas que têm atitudes racistas.
O estudo aponta que a população brasileira tem dificuldade de dimensionar o racismo já que 66% dos entrevistados acham que a principal manifestação do racismo é violência verbal, como xingamentos e ofensas, seguida de tratamento desigual (42%) e violência física, como agressões (39%).
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"Por um lado, existe uma dificuldade de identificar o racismo estrutural e, por outro lado, a dificuldade de identificar o racismo no universo privado pela pessoa respondente, ou seja, no cotidiano das escolas, do trabalho, das famílias e outros espaços de convivência. É possível relacionar o cenário com o baixo percentual de pessoas que aprenderam sobre o racismo nas escolas de forma adequada", completa a antropóloga Jaqueline Santos, também do Projeto SETA.