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Em 2022, cerca de 33,1 milhões de pessoas não têm o que comer no Brasil e mais da metade (58,7%) da população estábet7k millionsituação de insegurança alimentar, situaçãobet7k millionque uma pessoa não tem acesso regular e permanente a alimentos. É o que diz o II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil.
"Em número de pessoas, isto significa que 14 milhões de novos brasileiros passaram a conviver com a situação de fome, uma vez que tínhamos 19,1 milhões ao final de 2020 e, ao final de 2021 e início de 2022, esse número subiu para 33,1 milhões", ressalta o informe.
PublicidadeO levantamento mostra ainda que enquanto na população negra houve um aumento de mais de 60% na proporção daquelas que convivem com a fome, dentre os brancos esse aumento foi de 34,6%.
A insegurança alimentar grave aumentou nos domicílios chefiados por pessoas brancas, de 3,3% para 6,6%, e entre domicílios com pessoas de referência negra (preta/parda) de 8,7% para 10,2%. Isto resultoubet7k milliondiferença menor entre os grupos, mas com prevalência de insegurança alimentar grave de maior magnitudebet7k milliondomicílios chefiados por pessoas negras.
O estudo também constatou que 22,3% das famílias cujos responsáveis têm até quatro anos de estudo ou não tinham escolaridade estãobet7k millionsituação de insegurança alimentar grave, o dobro daquelas com oito anos de estudo (10,2%). "A garantia da educação como direito social se revela, portanto, como um meio essencial também de proteção das famílias contra a ameaça da fome.", diz o levantamento.
"Por trás da fome, temos o flagelo sobre as crianças, as mulheres e a população negra, acrescido a isso o negacionismo frente ao problema climático, que tanto prejudica a produção agrícola e tem relação direta com a insegurança hídrica", diz o informe.
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