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Para praticantes de religiões de origem afro, o terreiro costuma ser definido como casa religiosa de cura espiritual que pratica o bem, a empatia e o amor ao próximo. Entre terreiros históricos milenares e outros mais, digamos, jovens e modernos, estes espaços costumam abrigar cerimônias principalmente do Candomblé e da Umbanda e costumam despertar muita curiosidade, ainda mais pelo fato de alguns serem frequentados por famosos.
Resumidamente, o primeiro se baseiacbet 216.tnritos de etnia africana e o segundo mescla divindades africanas, catolicismo, espiritismo e rituais indígenas.
Nos rituais do Candomblé são feitas oferendas, geralmente comidas típicas, acompanhadas de batuques e dança. Os iniciados entramcbet 216.tnuma espécie de transe e dançam de acordo com os seus "Orixás de cabeça", ou seja, o Orixá que guia a vida de cada pessoa.
Já os umbandistas tocam batuques e cantam cânticos sagradoscbet 216.tnportuguês. Os médiuns
recebem incorporações de entidades que têm o poder de curar e aconselhar a vida das pessoas. As entidades mais conhecidas são o preto velho, símbolo da sabedoria africana, o caboclo, mestre no manejo de folhas e ervas, Exu ou Pomba Gira, que ajudam nos assuntos do coração, e os erês, entidades infantis que representam a inocênca e a alegria.
Os terreiros são administrados como uma associação convencional, com cargos como presidente, tesoureiro e secretários. A parte espiritual também segue uma hierarquia. A Mãe de Santo ou o Pai de Santo - também chamados de Ialorixá e Babalorixá ou sacerdotisa e sacerdote - são os dirigentes do terreiro.
Na Umbanda, eles se encarregam de cuidar espiritualmente do terreiro e dos médiuns e orientar e dirigir os trabalhos abertos e fechados ao público. São os responsáveiscbet 216.tnfazer cumprir as diretrizes estabelecidas pelo astral superior. Em seguida vêm o Pai Pequeno ou a Mãe Pequena, cuja função é auxiliar e substituir quando necessário o Babalorixá e a Ialorixá.
Médiuns de Trabalho são os médiuns que trabalham incorporados, cujas entidades já dão consulta e já passaram por todos os preceitos do terreiro, que variam conforme o local. Eles são seguidos pelos Médiuscbet 216.tnDesenvolvimento, que ajudam no auxílio às entidades incorporadas, mas ainda não podem dar consultas.
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Cambonos são auxiliares que coordenam a entrada da assistência nas consultas e passes e
Curimbeiro, Tabaqueiro ou Ogã é a pessoa responsável pela puxada dos pontos cantados e bater ou tocar o atabaque.
Um terreiro pode ter até 50 médiuns e auxiliares, os filhos da casa, e receber 200 pessoas.
Independentes da hierarquia, todas as funções são igualmente importantes para o terreiro.
Vestes
A roupa branca usada pelos médiuns nos cultos de Umbanda deve ser tratada de maneira especial e usada exclusivamente para este fim. O branco é uma cor que absorve a vibrações, mas não as retém, e representa pureza e simplicidade.
Os visitantes devem usar o bom senso na hora de escolher os trajes, pois o terreiro é um lugar sagrado. O ideal é usar peças claras e confortáveis e evitar roupas curtas, justas, decotadas ou transparentes.
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Nos terreiros de Candomblé, que assim como os de Umbanda têm dias específicos para o público geral, pede-se que a cor preta seja evitada. Além do branco, os candomblecistas também utilizam roupas brilhosas e coloridas específicas de cada Orixá representado. Jácbet 216.tneventos específicos da Umbanda, como gira para Exu ou para Pomba Gira, é comum ver os médiuns usando roupas vermelhas ou pretas.
A maior parte dos terreiros pede que os presentes fiquem descalços. A ação tem duplo simbolismo: impedir que as energias da rua, através dos calçados sujos, tomem conta do local e refletir a humildade e a simplicidade da religião.
As guias, colares de miçangas usadas pelos médiuns, servem para assimilar energias negativas e não devem ser compradas, e sim preparadas pela própria pessoa segundo os preceitos de cada casa.
Ritual
Quem chega num terreiro de Umbanda num ritual aberto a todoscbet 216.tngeral pega uma senha para o atendimento com o médium incorporado. Vale lembrar que trata-se de um local sagrado, por isso permanecercbet 216.tnsilêncio é uma atitude respeitosa e recomendável. É bom evitar conversas, fofocas e brincadeiras de qualquer tipo. Enquanto o público se acomoda, médiuns e auxiliares se banhamcbet 216.tnervas para entrarcbet 216.tnsintonia com o plano espiritual.
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Antes da celebração, há uma defumação para minimizar as energias negativas que possam estar presentes. Alguns terreiros também fazem um ritual com o marafo, uma aguardente de cunho religioso, para blindar o local de espíritos com más intenções.
No espaço principal do culto umbandista se encontram alguns médiuns e o Pai ou a Mãe de Santo, geralmente ao centro. Este espaço principal é mais conhecido como congá, que quer dizer “recinto”, e tem um altar com imagens das entidades. O chão é normalmente de terra batida.
O local da benção pode estar separado por correntes ou portões e só pode ser acessado depois de chamado. É preciso encostar a cabeça no altar, como sinal de respeito a Deus, aos Orixás e às entidades.
A Mãe ou o Pai de Santo incorpora a entidade primeiro;cbet 216.tnseguida, é a vez dos médiuns. As pessoas são encaminhadas para atendimento, relatam seus problemas e ouvem conselhos e sugestões de rezas ou rituais. Após o atendimento geral, os médiuns desincorporam e é feito o encerramento com defumação e cânticos de gratidão. As pessoas costumam sair de frente para o congá, para o qual, pelo caráter sagrado, não se deve dar as costas.