capital bet club-Dia da Visibilidade Bissexual: "Nossa luta ainda é por respeito e reconhecimento"

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Celebradacapital bet club23 de setembro, data reforça necessidade de aceitação inclusive dentro da comunidade LGBTQIA+
23 set 2024 - 05h02
Resumo
O Dia da Visibilidade Bissexual é comemoradocapital bet club23 de setembro. Para a psicóloga clínica Cristina Vasconcelos, a forma como a sociedade enxerga a bissexualidade influencia profundamente como as pessoas bissexuais se enxergam no mundo.

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De acordo com o Manifesto Bissexual Brasileiro, a bissexualidade se refere a pessoas para as quais o gênero não é um fator determinante de atração sexual ou afetiva. "O binarismo de gênero não nos serve, visto que violenta nossos corpos e cerceia nossas existências", diz o manifesto. 

No Brasil, cerca de 1,1 milhão de pessoas adultas se declara bissexuais, representando 0,7% da população. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS): Orientação sexual autoidentificada da população adulta, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)capital bet club2022. Entretanto, esses resultados podem estar subnotificados. Ou seja, o número real de pessoas que se identificam como bissexuais pode ser maior do que o registrado. 

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Para a psicóloga clínica Cristina Silvana da Silva Vasconcelos, mulher bissexual que escreve e estuda sobre bissexualidade, a falta de dados concretos sobre pessoas bissexuais pode ser resultado da desinformação.

"Infelizmente, muitas pessoas ainda acreditam que a bissexualidade é apenas uma fase ou que 'bi' é sobre se relacionar com duas pessoas ao mesmo tempo. Esses são alguns exemplos de preconceitos reforçados por desinformações veiculadascapital bet clubgrupos heterossexuais", explicoucapital bet clubentrevista ao Terra NÓS.

"Dito isso, imagine como fica a saúde mental de uma pessoa bissexual que se relaciona com uma pessoa heterossexual? Nesse contexto, as chances de ela se mantercapital bet clubsegredo ou não falar abertamente sobrecapital bet clubsexualidade é altíssima. Sendo assim, menos uma pessoa bissexual transitando assumidamente fora da comunidade", afirmou a pós-graduandacapital bet clubSexologia. 

Segundo Cristina Silvana da Silva Vasconcelos, psicóloga e mulher bissexual, pessoas da comunidade ainda enfrentam desafios ao se afirmar como bissexuais
Segundo Cristina Silvana da Silva Vasconcelos, psicóloga e mulher bissexual, pessoas da comunidade ainda enfrentam desafios ao se afirmar como bissexuais
Foto: Reprodução: Instagram/apsicologacris

A luta é constante

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Além disso, muitos outros desafios complicam a visibilidade das pessoas bissexuais, tanto dentro da comunidade LGBTQIA+ quanto na sociedadecapital bet clubgeral. O apagamento, a objetificação e a fetichização dessas pessoas contribuem paracapital bet clubinvisibilidade, uma realidade contra a qual a comunidade bissexual luta constantemente. 

"Bissexuais ainda enfrentam muitos desafios ao escolher se aceitar e se afirmar como bissexuais. Infelizmente, nossa luta ainda é por respeito e reconhecimento, uma vez que, dentro e fora da comunidade [LGBTQIA+], a bissexualidade não é nem considerada como uma orientação sexual válida", disse Cristina.

Nick Nagari, uma pessoa trans não-binária e bissexual, sabe bem como essa invisibilidade opera, já que ele demorou a se descobrir bissexual por não conhecer pessoas que falassem sobre isso. 

"Quando eu tinha 17 anos, eu conheci o Bi-Sides [coletivo ativista] e vi outras pessoas falando sobre bissexualidade. As experiências eram muito parecidas com as minhas e eu fiquei assim: 'Tem uma galera aqui também, né?'. Esse momento foi muito importante para mim, de me acharcapital bet cluboutras pessoas e ver que eu não estava sozinho", disse o comunicador de 27 anos, que utiliza pronomes masculinos.

Segundo ele, a comunidade bissexual tem um longo caminho a percorrer na luta por avanços e políticas públicas. "É uma luta que está longe de ter um fim. A gente ainda precisa falar muito sobre sexualidade de uma maneira que as pessoas entendam que a gente está se movimentando junto."

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Estigmas e estereótipos

Nick Nagari, uma pessoa trans não-binária e bissexual, encontrou pessoas bissexuais que estavam se descobrindo no coletivo Bi-Sides
Foto: Reprodução: Instagram/nicknagari

Alguns dos comportamentos mais comuns que reforçam o apagamento e marginalizam pessoas bissexuais são comentários que as caracterizam como "indecisas", "confusas" ou "promíscuas".

"Algumas pessoas não conhecem a bissexualidade, elas ouviram coisas preconceituosas durante toda a vida e, muitas vezes, não estão dispostas a repensar, mudar ou entender. Esses estigmas e estereótipos nos apagam ainda mais", afirmou Nick.

Para a psicóloga Cristina Silvana da Silva Vasconcelos, a forma como a sociedade enxerga a bissexualidade influencia profundamente como bissexuais se relacionam comcapital bet clubprópria identidade.

"Tais crenças negativas podem ser internalizadas por pessoas bissexuais, que é o que chamamos de preconceito internalizado, sendo comum se envolveremcapital bet clubtestes de bissexualidade a partir do número de pessoas que beijam, que namoram e que se relacionam sexualmente."

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Segundo ela, isso contribui para que pessoas bissexuais permaneçamcapital bet clubrelacionamentos nos quais não desejam estar, inclusivecapital bet clubrelacionamentos abusivos, ou ainda coloquemcapital bet clubsaúde sexualcapital bet clubrisco.

"Para enfrentar o apagamento e a invisibilidade bissexual, precisamos respeitar e escutar. Por meio da validação da identidade bissexual, podemos promover o fortalecimento da autoestima e da autoaceitação, ampliar o debate sobre vivências e desconstruir preconceitos na comunidadecapital bet clubgeral", concluiu Cristina.

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Fonte: Redação Nós

Fontes de referência

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