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Escolas deveriam proporcionar um ambiente saudável para desenvolvimento de crianças e adolescentes. Todavia, de acordo com dados divulgados pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2015, umvaidebet receitacada dez estudantes brasileiros é vítima de bullying, por meio de violência física e psicológica. Entre o grupo potencial de vítimas estão os estudantes com sobrepeso e obesidade, que totalizam mais de 6,4 milhões de crianças, de acordo com pesquisa de 2021 realizada pelo Ministério da Saúde.
Giulia Donatelli, 19 anos, sabe o que é sofrer gordofobia na escola. Gorda desde que nasceu, como ela mesmo se descreve, teve uma difícil jornada no ensino fundamental e médio, sendo vítima constante de colegas de escola, sem uma interferência positiva dos professores e coordenadores para evitar as ‘brincadeiras’ das quais ela era vítima.
Publicidade“Lembro de ser constantemente chamada de baleia pelos colegas de escola e acho que esse foi o xingamento que mais ouvi ao longo da vida. Tiveram muitas situaçõesvaidebet receitaque os meninos apontavam para mim e diziam ´ah, olha ali avaidebet receitanamorada´ para ofender os amigos, como se a verdadeira ofendida não fosse eu. Sempre que me arrumava um pouco mais para ir às aulas, ouvia risadinhas de garotos e garotas tirando sarro de mim, como se não tivesse o direito de ter o mínimo de vaidade por ser uma criança gorda”, lamenta a estudante.
Giulia também se lembra, com muita tristeza, de uma dessas ocasiõesvaidebet receitaque se arrumou para ir à escola e foi surpreendida por um colega: “Eu tinha alisado o cabelo e feito alguma maquiagem para ir à escola e um garoto disse que eu estava bonita. Quando agradeci, ele riu e falou que era mentira, que não tinha como alguém como eu ficar bonita. E esse foi só o início, porque na adolescência ficou bem pior”.
Embora recebesse apoio da família, é categóricavaidebet receitadizer não recebeu qualquer auxílio dos professores enquanto outras crianças foram pouco gentis com ela. “Cresci me sentindo muito pouco atraente, o tipo de pessoa que nunca chamaria a atenção de outro alguém e, até na adolescência e vida adulta, me sentia extremamente inseguravaidebet receitafazer coisas simples, como usar maquiagem ou roupas que não fossem jeans e camiseta. Não queria chamar atenção, porque sentia que as pessoas iriam rir de mim. A questão de relacionamentos também era uma tragédia, porque eu me sentia merecedora de pouco, por me sentir insuficiente”.
A estudante só recuperou a autoestima quando concluiu o ensino médio e ingressou no ensino superior. “Compreendi que tenho inúmeras qualidades, que posso ser feliz como sou, mas não há como esquecer como a escola foi cruel comigo”.
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