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Constrangida, Natalye Furtado saiu do hospital sem tomar o medicamento que precisava
18 out 2022 - 18h22
"Você é homem ou mulher?", perguntou uma das funcionárias
"Você é homem ou mulher?", perguntou uma das funcionárias
Foto: Reprodução/Instagram

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A jovem Natalye Furtado, de 23 anos, denunciou ter sofrido transfobia no Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, Santa Catarina, no último sábado (15). Mesmo com os documentos retificados com nome social e gênero feminino emcasinos com deposito de 1 realcertidão de nascimento, ela foi tratada por pronomes masculinos por enfermeiras que riram dela.

Natalye procurou a emergência por estar passando mal e, ao chegar na recepção e entregar o seu documento retificado, a funcionária perguntou se a jovem preferia o nome Natalye ou o anterior. Quando pegou acasinos com deposito de 1 realpulseira de identificação, ela percebeu que o sexo estava indicado como masculino, Natalye pediu a alteração e a funcionária disse que o sexo indicado na pulseira tinha que ser o mesmo que estava no documento.

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"'Querido, o sexo tem que estar como tá no documento, moço'. A outra moça disse que só alteraria se estivessecasinos com deposito de 1 realum documento, se não, não alteraria", disse ao G1. Segundo ela, as profissionais ficavam rindo e debochando enquanto falavam com ela. "Riram da minha cara porque eu sou transsexual."

Com sua certidão de nascimento retificada, a jovem conseguiu uma nova pulseira, indicando o gênero que ela se identificava. Natalye ressaltou que foi tratada no masculinocasinos com deposito de 1 realtodo o momento pelas funcionárias, e após três horas esperando atendimento, ela conseguiu falar com a médica que a tratou bem, no feminino. 

A médica receitou um remédio para Natalye, que foi tomar a medicação e, novamente, foi tratada no masculino pelas funcionárias. "Aqui no papel é Natalye, mas você é homem ou mulher?", disse a profissional que iria aplicar a medicação na jovem.

Natalye saiu do hospital sem tomar o medicamento, constrangida pelos olhares e risadas das pessoas que estavam no local. "Levantei chorando. Os outros pacientes, enfermeiros, rindo da minha cara. Fiquei com nojo, vergonha, muita raiva, porque todo mundo estava olhando e rindo de mim. Eu sou adulta, trabalho, não preciso estar passando por isso quando preciso de ajuda", desabafou.

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Em nota, o Hospital Marieta Konder Bornhausen afirmou que a lei prevê que pessoas trans devem ser tratadas de acordo com o gênero que se identificam. "A Lei determina que a pessoa trans deve ser tratada de acordo com o gênero com o qual se identifica. O Hospital Marieta orienta a equipe a tratar a todos com respeito e sem discriminação, por isso, lamenta o ocorrido e irá reforçar o treinamento para que esse tipo de situação não volte a ocorrer", diz o comunicado.

Natalye já procurou a delegacia e pretende levar à justiça. O hospital pode ser condenado a pagar uma indenização por danos morais e as funcionárias podem responder por transfobia.

Fonte: Redação Nós

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