betano série a-Na UFRJ, 87% dos pedidos de patente têm mulheres entre os inventores

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Dado refere-se ao período de 5 anos, entre os anos de 2017 e 2021
8 mar 2023 - 11h20
(atualizado às 11h21)
País com percentual mais elevado de mulheres nas patentes é Cuba (84%)
País com percentual mais elevado de mulheres nas patentes é Cuba (84%)
Foto: UFRJ/Divulgação

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Pesquisa realizada pelo Inova UFRJ, núcleo de inovação tecnológica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, apurou que, entre os anos de 2017 e 2021, 87% dos pedidos de patentes formulados pela instituição têm ao menos uma mulher listada entre os inventores. A UFRJ concentra também a maior proporção de mulheres inventorasbetano série apatentes, 46%, nos cinco anos pesquisados. A diretora do Inova UFRJ, Kelyane Silva, disse à Agência Brasil que esse é o primeiro estudo realizado por uma universidade brasileira com o objetivo de mapear a situação das mulheresbetano série arelação às patentes. “Considerando que, no período de cinco anos, as inventoras têm uma parte de 87% das patentes, só por isso já é um ganho gigante”, celebrou a diretora.

Segundo a diretora, isso significa que a participação femininabetano série apatentes na UFRJ é referência no Brasil. Sabe-se, por outro lado, que,betano série atermos nacionais, a participação femininabetano série apatentes para invenção tecnológica com aplicação comercial ainda permanece bem menos expressiva que a masculina.

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Estudo publicadobetano série aagosto de 2020 na revista Scientometrics e divulgado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), analisando 11 países latino-americanos, indicou que, na região, a média das patentes protegidas que contam com a participação de mulheres como inventoras é de 22%. No Brasil, é ainda mais baixa, atingindo 18,4%. O país com percentual mais elevado de mulheres nas patentes é Cuba (84%).

Kelyane destacou que o resultado não é muito diferente do de outros países ibero latino-americanos. “Mesmo olhando para Espanha e para Portugal, ainda não é um número tão significativo de diferença. Mas conseguem ter números melhores que a média da América Latina”. Os dados inéditos da UFRJ foram comparados com dados publicados por Kelyane Silvabetano série aartigo no Journal of Data and Information Science (JDIS), no qual analisava o gênerobetano série apatentes de países ibero latino-americano. A comparação revelou que, na Espanha, o número de mulheres inventorasbetano série apatentes no período 2007/2016 foi de 28%; e,betano série aPortugal, de 27%, contra 23% no Brasil. A diretora do Inova UFRJ explicou que Espanha e Portugal têm políticas de longa data incentivando a participação feminina na área de tecnologia e inovação. “Os índices deles são melhores.”

Outro levantamento, do Instituto de Propriedade Intelectual do Reino Unido (IPO), de 2019, mostrou que as inventoras eram responsáveis por menos de 13% dos pedidos de patente feitos no mundo. Uma das hipóteses apresentadas pelo estudo é a de que as inventoras não estariam tão familiarizadas como os homens com os trâmites burocráticos do processo, já que a entrada do gênero no setor é mais recente. A diretora do Inova UFRJ comentou que, na instituição, o desafio é continuar incentivando toda a comunidade científica feminina a se envolverbetano série aatividades de inovação e que esta seja uma política institucional na universidade.

Na UFRJ

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Na pesquisa da UFRJ, a maioria dos pedidos de patentes formulados (87%) tem mulheres participando como inventoras. No período de 2017 a 2021, foram pedidas 148 patentes por 816 inventores, dos quais 443 eram homens e 373, mulheres. Mas, das 148 patentes depositadas pela UFRJ nos últimos cinco anos, somente 19 foram pedidas exclusivamente por homens. “Isso para a gente é muito positivo. É um dado muito eloquente para a gente porque, quando se compara a média brasileira e da América Latina, não é o que acontece na UFRJ. É muito bom e é a primeira vez que isso está sendo diagnosticado”, destacou.

Kelyane Silva informou que, a partir de agora, a ideia é ampliar o escopo da pesquisa para analisar a última década, para ver o comportamento das mulheres nas patentes na série histórica, ao longo dos anos. Os dados relativos a 2022 não puderam ser incluídos no primeiro levantamento porque não havia informações detalhadas disponíveis. Dentro da área tecnológica, ela quer mapear também quais são as áreas que mais têm mulheres participando do que homens. Embora a presença das mulheres na ciência seja cada vez mais marcante, Kelyane acredita que há muito a se fazer para garantir uma representação mais justa e igualitária.

A diretora defendeu que, para melhorar a presença das mulheres na ciência, é importante incentivar a participação delasbetano série atodo o processo, desde cedo, proporcionando oportunidades iguais e promovendo uma cultura inclusivabetano série aescolas e universidades. Ela também destaca que é importante que haja políticas que apoiem as mulheres cientistasbetano série atodos os níveis, incluindo o financiamento de pesquisas, oportunidades de mentoria e redes de apoio.

Exemplos

A professora Tatiana Sampaio, chefe do Laboratório de Biologia da Matriz Extracelular do Instituto de Ciências Biológicas da UFRJ, foi destaque no meio científico pela descoberta da polilaminina (molécula proteica com capacidade de multiplicar as células do sistema nervoso). Iniciadabetano série a1998, a pesquisa inovadora vem desenvolvendo uma droga capaz de reverter ou minimizar lesões na medula e recuperar movimentos do corpobetano série aacidentados. No fim do ano passado, a descoberta rendeu em royalties R$ 3 milhões à UFRJ, divididos entre os inventores envolvidos, a universidade e o Instituto de Ciências Biomédicas da instituição. Este foi o maior valor em royalties já recebido pela universidade.

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A professora Alane Vermelho, porbetano série avez, trabalha no setor de microbiologia da UFRJ e está à frente do Laboratórios de Biotecnologia (BIOINOVAR). Recentemente, ela desenvolveu um pigmento natural, a partir de microrganismos e produzidobetano série abiorreatores. O diferencial desta patente, que estábetano série afase de comercialização pela Inova UFRJ, é a produção de um corante biodegradável para cosméticos, maquiagem e esmaltes, que não faz mal nem ao ser humano nem ao planeta. Esta é a primeira vez que essa tecnologia foi aplicada na indústria cosmética.

Agência Brasil

Fontes de referência

  1. crazy roleta
  2. pix futebol original
  3. aplicativo de jogos betano

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