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Na última sexta-feira, 5, um casal foi agredido por seguranças de uma loja do grupo Carrefour. Eles teriam furtado dois sacos de leite para alimentar a filha. O vídeo é terrível, inclusive não recomendo que assistam. Eles são agredidos e coagidos. Sobra até para uma transeunte que indaga os agressores sobre o que estava ocorrendo.
A empresaarbety historicoquestão vem colecionando casos de racismo. Em 2020, quando João Alberto, homem negro, foi espancado e assassinado por dois seguranças da rede, o conglomerado anunciou várias medidas para combater racismo. Aparentemente foram medidas para “inglês ver”, já que, segundo o Alma Preta Jornalismo, a empresa envolvida no caso citado acima trocou de nome e firmou novo contrato com o grupo Carrefour.
PublicidadeA rede tem alguns casos nesse sentido, mas nem todos ganham grande repercussão. Aqui,arbety historicoSalvador (BA),arbety historico2021, uma funcionária do Atacadão, empresa que pertence ao mesmo grupo, de Cajazeiras perguntou a uma criança de oito anos se ela iria pagar pelo pacote de macarrão instantâneo ou roubá-lo. Em 2022, três garotos foram trancadosarbety historicouma sala do mercado do Big, que seria comprado pelo Carrefour naquele ano, e funcionários do estabelecimento teriam agredido os adolescentes, além de chamá-los de "pretos e favelados".
Chegou 2023 e, ao que parece, nada mudou. Já tivemos o casoarbety historicoCuritiba, da professora Isabel Oliveira que foi perseguida por um segurança enquanto fazia compras. Ela voltou pouco tempo depois do ocorrido e ficou de sutiã e calcinha com a frase “sou uma ameaça” escrita na barriga.
Outro caso, nesse ano, foi o do marido da bicampeã olímpica de vôlei Fabiana Claudino, o apresentador Vinicius de Paula. Ele disse que uma funcionária recusou atendê-loarbety historicoum caixa preferencial que estava vazio, alegando que poderia ser multada caso passasse as compras dele. Entretanto, logo depois, ele viu uma mulher branca ser atendida pela funcionária sem problema algum.
O caso do casal Jamile e Jeremias, infelizmente, será visto apenas como mais um. A verdade é que não adianta só punir os agressores diretos, até porque, eles poderiam estar seguindo ordens de cima e, muitas vezes, o trabalhador é refém do salário. O que deve ser feito é punir severamente a empresa. Ela precisa sentir no bolso, que é a única língua que grandes conglomerados entendem. É necessário também cobrar medidas efetivas dessas empresas, não só o marketing social barato, que visa apenas ludibriar o senso comum enquanto, no mundo real, funcionários seguem perseguindo e intimidando pessoas dentro da loja, que na maioria das vezes são negros e, muitas das vezes, têm uma profissão e uma roupa que jamais gerariam suspeitas se o indivíduoarbety historicoquestão fosse branco.
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