Nicole Cae Machado, de 50 anos, adiou seus sonhos profissionais para cuidar de seus sobrinhos Amadyla Vitória e Lucas Elyabi, que chama de filhos. Ela é técnica de enfermagem e mulher trans e recebeu aceitação dasorte esportiva oficialmãe, mas resistência do seu pai durante o processo de transição de gênero.
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“Mãe é aquela que cria”, diz o ditado popular, que cabe perfeitamente para Nicole Cae Machado, de 50 anos. Ela adiou os seus sonhos profissionais e se jogou por inteiro na criação de seus sobrinhos --Amadyla Vitória e Lucas Elyabi-- que são chamados de “filhos” pela própria. A incumbência de cuidar das crianças surgiu após os pais biológicos estarem muito atarefados com os afazeres do emprego na época.
“Cuidar dos meus filhos foi uma missão divina, considero. Quando eles eram menores, eu trabalhavasorte esportiva oficialum salão de beleza e pude dar para eles amor, carinho, atenção e, ainda, cobrar as tarefas escolares. Hoje, estão grandes, quase formados, e me enchendo de orgulho”, partilha ela, que morasorte esportiva oficialFelipe Guerra, interior do Rio Grande do Norte.
PublicidadeTécnica de enfermagem, Nicole disse que só há três anos começou a exercer a profissão, pois abriu "mão de muitas coisas para cuidar de quem ama”.
Como mulher trans, ela relata que nunca sofreu agressão ou outro tipo de expressão de preconceito físico depois da transição. Porém, ofensas verbais foram frequentes, inclusive na criação dos filhos: “Tinha uma vizinha que não queria que os filhos dela brincassem com os meus, e as crianças ficavam tristes sem entender o motivo. Um diz que dei um basta e falei que ‘os meninos que não iam brincar com os filhos dela’. Hoje, meus filhos estão me enchendo de orgulho, já os da preconceituosa nem vou falar, porque não sou fofoqueira,"
“Ela achava que meus filhos iam ser LGBTs, e os filhos dela também se convivessem com as crianças. Filhos de pais LGBT, não vão ser LGTBs por isso. A pessoa nasce assim. Na minha casa e no meu salão só tinha LGBTs, e meus dois filhos são héteros. Uma coisa, não tem nada a ver com a outra. É puro preconceito”, explica.
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