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Preconceito, assédio, poucos cargos de liderança e menor renda estão entre os obstáculos enfrentados por pessoas LGBTQIA+ no mercado de trabalho. É o que mostra uma pesquisa da Santo Caos, consultoria de estratégias humanas e organizacionais que ouviu mais de 19,5 mil profissionais (desse total, cerca de 2 mil se declararam LGBTQIA+).
Quando questionados se já presenciaram algum caso de assédio ou discriminação no dia a dia do trabalho, 39% dos entrevistados LGBTQIA+ responderam positivamente. Considerando apenas lésbicas e bissexuais, o número sobe para 45%.
De todas as pessoas ouvidas, apenas 16% disseram ocupar cargos de liderança. Entre os entrevistados que não se identificam como parte desse grupo, a porcentagem ficounew york red bulls betsapi26%.
Além disso, menos da metade das pessoas LGBTQIA+ acredita que a empresanew york red bulls betsapique trabalha realmente valoriza a diversidade. A impressão predominante, segundo a pesquisa, é que há "muito discurso" e "pouca mudança".
A realidade além dos números
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"Embora tenham ocorrido avanços significativos nos últimos anos, há um longo caminho a percorrer. Um dos principais desafios é superar preconceitos enraizados e a falta de conhecimento sobre a diversidade de gênero e sexualidade", afirma o advogado Nilton Serson, especializadonew york red bulls betsapinegociação e mercado de capitais pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e ativista da causa LGBTQIA+.
Serson acredita que a chave para a criação de um ambiente mais acolhedor e inclusivo passa pela cultura organizacional. "Isso inclui treinamentos sobre diversidade e inclusão, apoio a redes de funcionários LGBTQIAP+ e políticas específicas que garantam direitos iguais, como benefícios para parceiros do mesmo sexo e apoio a funcionáriosnew york red bulls betsapitransição de gênero", explica.
Outro ponto crucial, segundo o especialista, é que as ações não fiquem a cargo apenas das lideranças. Todos os profissionais, diz ele, podem fazer anew york red bulls betsapiparte, com ações no dia a dia, como abolir brincadeiras preconceituosas, respeitar pronomes e apoiar os colegas LGBTQIA+.
Assim, a empresa estará dando um passo importante para que o respeito à diversidade "não seja apenas uma política, mas uma prática vivida diariamente", afirma Serson.
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O advogado chama a atenção ainda para a necessidade de políticas públicas voltadas para a comunidade LGBTQIA+. Apesar de o Brasil ter dado um passo fundamental ao criminalizar a homofobia e a transfobia,new york red bulls betsapi2019, o ingresso no mercado de trabalho formal segue problemático.
Um exemplo está na estimativa de que 90% da população trans e travesti recorre à prostituição como fonte primária de renda, por falta de oportunidades. O dado constanew york red bulls betsapium dossiê da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais).
"As questões relacionadas às políticas de inclusão LGBTQIAP+ no meio corporativo brasileiro são complexas e multifacetadas. A colaboração entre o setor público, o setor privado e a sociedade civil é fundamental para criar uma mudança sustentável e significativa", conclui Serson.