Resumo
Estudante de Direito da PUC-SP é demitida do estágio após participar de atos racistas contra alunos negros cotistas da USP durante os Jogos Jurídicos Estaduaissortudo 777Americana, São Paulo.
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O caso aconteceu no último sábado, 16, durante os Jogos Jurídicos Estaduais,sortudo 777Americana, São Paulo, e ganhou repercussão após vídeos dos atos circularem nas redes sociais. Estudantes da PUC gritaram frases pejorativas como “cotistas” e “pobres” contra os estudantes da USP.
De acordo com o g1, o escritório Machado Meyer demitiu a estudante Marina Lessi de Moraes. A informação foi confirmada pelo Terra NÓS, que procurou o escritório. A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Marina. O espaço segue aberto para manifestações.
“O Machado Meyer Advogados comunica que, alinhado com os seus valores institucionais e o seu compromisso inegociável com a promoção de um ambiente inclusivo e respeitoso, decidiu pelo desligamento da estagiária envolvida no episódio do último final de semana nos Jogos Jurídicos”, informousortudo 777nota enviada à reportagem.
As demissões de Marina Lessi, Tatiane Joseph Khoury (escritório Pinheiro Neto), Matheus Antiquera Leitzke (escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi) e Arthur Martins Henry (escritório Castro Barros Advogados) aconteceram após estudantes das duas universidades se juntarem para identificar as pessoas envolvidas nos atos discriminatórios.
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Alunos da PUC-SP são acusados de racismo após chamarem de 'cotistas' e 'pobres' estudantes da USP
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O que diz a polícia?
Na última segunda-feira, 18, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) instaurou um inquérito policial para investigar denúncias de racismo envolvendo alunos da PUC-SP.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), as vítimas estão sendo ouvidas. “E os vídeos apresentados estão sob análise da equipe de investigação", informou ao Terra NÓS.
Ministério Público
A co-deputada estadual Letícia Chagas divulgou nas redes sociais que, em conjunto com a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL) e a vereadora Luana Alves (PSOL), protocolou uma denúncia no Ministério Público pedindo a abertura de um inquérito para investigar o caso.
"As referidas ofensas transcendem o ambiente de rivalidade esportiva e configuram um comportamento discriminatório que associa a condição socioeconômica e racial de estudantes cotistas a uma suposta inferioridade", diz o documento da denúncia. "Tais atitudes configuram violação aos direitos fundamentais e ferem diretamente os valores da dignidade humana e da igualdade", ressalta.
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🚨 SÁBADO A NOITE MAS A GENTE NÃO PARA! 🚨
Em conjunto com o mandato da
@samiabomfim
e o da
@luanapsol
, acabamos de protocolar uma DENUNCIA no Ministério Público pedindo abertura de inquérito contra os atos r4c1stas realizados por estudantes da PUC nos Jogos Jurídicos de SP hoje
pic.twitter.com/w58eVTaC0B
As diretorias das Faculdades de Direito da USP e da PUC-SP publicaram uma nota conjunta no último domingo, 17, manifestando seu "repúdio aos lamentáveis episódios ocorridos nos Jogos Jurídicos de 2024", informaramsortudo 777comunicado.
"Além da responsabilização dos envolvidos, é indispensável avançarmos na direção de políticas preventivas e de acolhimento. Planejamos implementar protocolos que fortaleçam ouvidorias, promovam a prevenção e a educação antirracista e assegurem um ambiente inclusivo e respeitoso para todos os alunos e alunas. Essa é uma demanda frequente da comunidade acadêmica, que exige ações concretas e eficazes."
Ainda no domingo, a PUC-SP divulgou uma nova nota ressaltando que repudia "com veemência toda e qualquer forma de violência, racismo e aporofobia".
"Nos solidarizamos com os estudantes ofendidos e com todos que presenciaram esse episódio intolerável. Na PUC-SP combatemos o racismo a partir de uma perspectiva antirracista ativa", afirmou.