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Aos 25 anos, o cantor Vitor Fadul, hoje com 28, compreendeu que muito do que aconteceu durante toda awww br betanovida,www br betanoespecial uma certa inabilidade de se enquadrar naturalmentewww br betanodeterminados padrões sociais, tinha explicação. Ele foi diagnosticado com autismo. E foi esse diagnóstico que mudou a maneira dele se ver e de se colocar no mundo.
“Estava lendo um livro que falava sobre personalidades neurodivergentes. Nesse livro, havia vários exemplos de pessoas com TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) e outros tipos de transtornos. Não falava sobre autismo, mas, ao perceber características do TDAH, comecei a me identificar com muitas delas”, relembra Vitor,www br betanoentrevista ao Terra NÓS.
Foi então que começou uma busca obstinada por informações para entender o que acontecia com ele. “Eu entreiwww br betanoum ‘modus operandi’ de investigar, de entender o que era o autismo, que eu não tinha a menor noção até então”, explica o cantor.
Conforme avançava nas suas investigações, ia se identificando cada vez mais. “Cheguei a perguntar para as pessoas que conviviam comigo como eu me comportava, se eu parecia ‘diferente’. Fui colhendo depoimentos e confirmando o que eu já achava”, relembra.
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"Cresci muito depois do diagnóstico”
O diagnóstico foi muito bem recebido e Vitor credita grande parte disso a estar bem informado sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“No momentowww br betanoque meu diagnóstico se confirmou, eu já tinha pesquisado bastante. Eu gostava da perspectiva de entender que o autismo é uma característica que torna a pessoa diferente de um padrão estabelecido pela sociedade”, afirma.
“Entendi por que sofri a vida inteira. Fiquei espantado por eu ter sofrido de normalidade. De tentar ser alguma coisa que eu não era. Tentei me adaptar e entendi que essas minhas tentativas eram frustradas. Cheguei a ensaiarwww br betanofrente ao espelho para andar como as pessoas andavam, para rir como elas riam. Mas nunca consegui me enquadrar de fato, me sentir parte daquele todo”, conta.
O cantor faz questão de ressaltar que o diagnóstico de autismo faz uma enorme diferença.
“Eu cresci com uma visão muito prejudicada a meu respeito. Durante toda a minha vida, tive a crença de que eu não tinha capacidade de aprender. E alguma coisa dentro de mim, a minha consciência, me falava que eu era capaz, sim, de aprender”.
Hoje, ele sabe que o desenvolvimento cerebral de pessoas autistas não se enquadrawww br betanoexpectativas e padrões sociais praticados atualmente, mas que, com mudanças, é possível auxiliar o autistawww br betanoseu aprendizado.
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E essa ajuda é cada vez mais ofertada e bem aceita.
“Explico para as pessoas, quando elas estão falando comigo, que tenho um ritmo diferente, que processo a informaçãowww br betanooutra velocidade. São coisas simples e muitas pessoas, não todas, colaboram. A minha vida vai ganhando outro patamar de compreensão e percepção. Posso dizer que cresci muito depois do diagnóstico.”