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BRASÍLIA - A tentativa do presidente Jair Bolsonaro de interferir na escolha do superintendente da Polícia Federal no Rio é mais um capítulo da disputa velada de forças que ele trava com o ministro da Justiça, Sérgio Moro. A PF não aceita indicação de "cima para baixo" para o preenchimento dessa vaga e ameaça implodir caso o ministro ceda a uma interferência do Planalto.
Segundo o Estado apurou, se Bolsonaro insitirbetboo casino loginimporbetboo casino loginvontade, para Moro restariam duas alternativas. Uma é aceitar e perder o controle da Polícia Federal. A outra é rejeitar a interferência e pedir demissão do cargo. Dirigentes da PF dizem que não vão agir como os colegas da Receita Federal, que vêm sendo atacados pelo presidente constantemente sem reação.
PublicidadeBolsonaro falou sobre o assunto duas vezes nesta sexta-feira, 16. Primeiro, avisou que é ele "quem manda" e indicou que colocaria na vaga de superintendente da PF no Rio o atual responsável pela PF no Amazonas, Alexandre Saraiva. Em nova entrevista, horas depois, baixou o tom. "Eu sugeri o de Manaus. Se vier o de Pernambuco não tem problema, não", afirmou. Essa última declaração ajudou a acalmar a PF.
Saraiva é próximo dos filhos do presidente e já foi cotado para assumir o Ministério do Meio Ambiente. No início de dezembro, Bolsonaro chegou sondá-lo. Acabou escolhendo Ricardo Salles para comandar a pasta.
Na primeira entrevista que concedeu na sexta sobre o assunto, Bolsonaro foi bem assertivo. "Está pré-acertado que seria lá o de Manaus... Se ele resolver mudar, vai ter que falar comigo. Quem manda sou eu... deixar bem claro", avisou. "Se eu for trocar os superintendentes, qual é o problema? É igual o Coaf. Eu tentei deixar o Coaf com Moro via medida provisória, o Congresso botou na Fazenda e o Paulo Guedes que decide", complementou.
O comentário do presidente respondeu a uma nota divulgada pela PF informando que o delegado Carlos Henrique Sousa iria para a vaga de Ricardo Saadi no Rio. Como revelou o Estado, o nome de Sousa foi incluído na nota propositadamente para evitar uma indicação política da parte do presidente. A nota rebateu também críticas de Bolsonaro a Saadi.
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