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No Dia Internacional da Mulher, há aquelas que lutam pelo "direito de ser". É assim que a transexual Robeyoncé Lima resumesuporte betmotionmaior bandeira de luta. Mesmo depois de virar exceção ao terminar o ensino superior, se tornar a primeira advogada trans de Pernambuco e a segunda do Brasil e a conquistar o nome social na carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ela ainda batalha para usar o nome social no local de trabalho esuporte betmotionseus documentos.
A jovem de 28 anos foi uma das palestrantes convidadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT)suporte betmotionPernambuco para discutir a discriminação à mulher no mercado de trabalho,suporte betmotionevento realizado hoje (8) no Recife. Em seu currículo está o diplomasuporte betmotiondireito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e diversos estágiossuporte betmotioninstituições como a Petrobras e a Justiça Federal. Passou na primeira tentativa no exame da OAB, no ano passado, e atualmente trabalha como assessora jurídica na Câmara de Vereadores do Recife.
PublicidadeLá, encontrou uma barreira "burocrática": como não há regulamentação do uso do nome social na casa, foi identificada com o nome civil masculino. Para mudar, ela precisou entrar com um pedido formal. "Não fazia sentido mais de uma dezena de parlamentares usarem o nome social e uma servidora não poder. A gente tem vários vereadores com autorização do nome social. Sai inclusive nos diários oficiais, e o meu não poderia ser utilizado? Entramos com requerimento questionando essa situação", conta, se referindo aos vereadores e vereadoras que são conhecidos por seus apelidos ou funções religiosas e que levam esses nomes à vida pública sem objeções.
A advogada conseguiu uma vitória parcial. Atualmente asuporte betmotionidentificação traz o nome social, mas, ao lado, o nome civil masculino. Ainda assim, ela argumenta que esse passo à frente só é válido dentro da Câmara dos Vereadores. Para conseguir ser reconhecida como uma mulher trans, ela entrou na Justiça para mudar o nome definitivamente.
"Em termos documentais eu sou Robeyoncé Lima dentro da Câmara de Vereadores, mas fora dela não. E você sabe quesuporte betmotionvárias situações do nosso dia a dia é preciso mostrar o documento e a gente passa por esse constrangimento, quando vai fazer um concurso público, por exemplo, ou quando vai embarcar no avião", afirma. Ela aguarda a decisão do Judiciário há mais de um ano.
A luta por ser mulher não esbarra somentesuporte betmotiondificuldades burocráticas ou preconceitos. Há ainda um lado mais perverso: a violência que se transforma em homicídios. "Acho que está bem claro [o preconceito] quando a gente vê o assassinato de pessoas trans, como o da Dandara, no Ceará. Vários homens espancando simplesmente por ela ser transexual. Uma pessoa filmando e ninguém fazendo nada. É como se nós, consideradas como anormais, não tivéssemos o direito de viver", diz Robeyoncé.
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