Francisco de Assis Pereira da Costa foi preso suspeito por envenenar família
Foto: Reprodução/Polícia Civil do Piauí
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Um baião de dois envenenado, que levou à morte de quatro membros de uma mesma famíliablazeapostaParnaíba, no Piauí, revelou conflitos entre os familiares, mas ainda há fatores que precisam ser investigados e esclarecidos, de acordo com a Polícia Civil.
O que se sabe e o que ainda precisa ser esclarecido sobre o caso
O que aconteceu?
O crime ocorreu após uma festa de Réveillon na casa da família, onde moravam 11 pessoas, incluindo a esposa do suspeito, Maria dos Aflitos, e seus filhos. Francisco, padrasto de duas das vítimas fatais, também ingeriu o baião de dois envenenado, mas sobreviveu após ser internado.
Na noite de 31 de dezembro, a família preparou um baião de dois e deixou o alimento sobre o fogão. Todos se serviram da comida, mas inicialmente ninguém aparentou passar mal, incluindo as crianças. No entanto, ao consumirem a comida novamente, começaram a se sentir mal.
Quem são as vítimas?
As vítimas fatais são:
Manoel Leandro da Silva, 18 anos (enteado de Francisco)
Francisca Maria da Silva, 32 anos (enteada de Francisco)
Uma criança de 1 ano (filho de Francisca)
Uma criança de 3 anos (filha de Francisca)
Que tipo de veneno foi encontrado na comida?
Exames realizados pelo Instituto de Criminalística identificaram a presença de terbufós, um veneno inseticida que pode ser fatal dependendo da quantidade ingerida. A substância foi encontrada na panela usada para preparar o arroz, no intestino das vítimas e no prato de uma delas, conforme informou o delegado Abimael Silva, responsável pelas investigações.
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Qual foi a motivação?
Embora o caso ainda esteja sendo investigado, a Polícia Civil acredita que desavenças entre o suspeito e os enteados possam ter motivado o crime.
De acordo com o delegado, Francisco e seus enteados tinham um relacionamento conturbado, o que foi confirmado pelo próprio suspeito e outros familiares durante os depoimentos. "Ele não falava com nenhum dos enteados. Ele nutria um ódio específico porblazeapostaenteada Francisca. Esse ódio era tão grande que ele a chamava de 'inútil e tola', dizendo que tinha 'nojo e raiva' dela. Ele manifestava frequentemente o desejo de que ela saísse de casa", afirmou Silva. O delegado revelou ainda que, até quando Francisca estava à beira da morte, o padrasto demonstrou desprezo por ela.
O que levou a polícia a prender o padrasto?
Além dos desentendimentos familiares, a Polícia Civil apontou que Francisco mudoublazeapostaversão dos acontecimentosblazeapostatrês ocasiões. "Com baseblazeapostatodos os elementos coletados até agora, todos os indícios apontam para Francisco como autor desse crime brutal. Ele forneceu mais de três versões sobre o que aconteceu nesse período", explicou o delegado durante coletiva de imprensa.
De acordo com a autoridade policial, considerando que ele era o único com motivação para cometer o crime, e devido às contradições constantes sobre seu envolvimento com o alimento envenenado, foi solicitada a prisão temporária de Francisco para dar continuidade à investigação. "Caso nossa suspeita se confirme, a prisão garantirá a segurança da família", disse Silva.
O que falta ser esclarecido?
A polícia investiga como Francisco obteve acesso ao terbufós. Além disso, foi encontrado um baú trancado, que apenas ele tinha a chave, próximo ao fogão. Os investigadores estão verificando se a substância, que é restrita e de uso agrícola, foi escondida ali. Esse baú, de madeira e pintado de azul, estava trancado com um cadeado, e a análise de seu conteúdo pode fornecer pistas sobre a dinâmica do crime e a possível responsabilidade do suspeito.
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Outro ponto que precisa ser esclarecido é o motivo pelo qual Francisco consumiu parte do alimento envenenado. Embora não tenha apresentado sintomas graves, a hipótese de autointoxicação para desviar as suspeitas ainda precisa ser confirmada.
