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A cozinheira Zuleide Pereira Alves, de 38 anos, escapou da enxurrada de lama que destruiu abaixarbetanocasa com uma bebê de 7 dias, o marido e outras duas crianças. Ela morava no bairro de Topolândia, no morro do Juramento,baixarbetanoSão Sebastião.
Perto da meia noite de domingo, Zuleide ouviu um estrondo, que pensou ser um trovão. "Aí começou a descer tudo, a lama vinha trazendo pedaço de casa, geladeira, fogão, botijão de gás", conta. Ela só conseguiu pegar a bolsa da bebê. As crianças salvaram uma blusa de frio cada. "Foi desesperador."
PublicidadeOutros moradores da Topolândia também disseram que esperaram ajuda na noite de sábado e que não foram resgatados. Fabio da Silva Ferreira, de 26 anos, disse que foi a comunidade que deu o alerta para que as famílias deixassem as casa. "Não teve uma sirene, ninguém bateu na porta para avisar, acho que foi negligência", afirmou. Ferreira também perdeu tudo no deslizamento e diz que desde 2016 as casas estavam ameaçadas. "Essa ajuda que estão dando agora é o mínimo que podem fazer."
Segundo o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB), a prefeitura "já tinha emitido todos os alertas com a Defesa Civil" quando as chuvas fortes começaram no sábado à noite. "O que não se esperava era a densidade dessas chuvas que ultrapassaram 600 milímetrosbaixarbetanocurto espaço de tempo", afirmoubaixarbetanopronunciamento no Teatro Muncicipal,baixarbetanoque estavam presentes também o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Tarcísio de Freitas.
Segundo ele, a primeira equipe da prefeitura foi ao bairro da Topolândia às 5 horas da manhã de domingo. "E a partir de lá começamos a entender o tamanho da tragédia que tinha acometido o nosso município."