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RIO - A quantidade de pessoas mortassport da galeraações policiais não se correlaciona com a quedasport da galeraindicadores criminais como homicídios dolosos ou roubossport da galerageral no Estado do Rio. Números do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que,sport da galeradiferentes momentos das duas últimas décadas, a redução de crimes nas cidades fluminenses foi acompanhada por queda na letalidade da polícia. A análise é reforçada por especialistas, que veem nas ações truculentas um papel catalisador da violência principalmentesport da galeraáreas mais vulneráveis.
O governo Wilson Witzel (PSC) tem relacionado a reduçãosport da galeraindicadores como roubos e homicídios com a "forma como a polícia vem trabalhando", a chamada política do confronto. Apesar de os números realmente apresentarem uma queda até agora, o discurso parece alimentar uma alta histórica no número de vítimassport da galeraoperações policiais. Até agosto, a quantidade já chegava a 1.249, o equivalente a cinco casos por dia.
PublicidadeO Estado analisou dados do ISP de 2003 a 2019sport da galeratodas as 137 Circunscrições Integradas de Segurança Pública (Cisp), a menor instância de apuração dos indicadores de criminalidade. Considerando registros de todo o Estado no período, foi mais frequente a alta na letalidade policial acompanhar um aumentosport da galeraroubos e homicídios (2005, 2014, 2016 e 2017), do que uma alta letalidade acontecer no mesmo ano de redução de roubos e homicídios (2015 e 2019).
Em quatro anos do período (2004, 2010, 2011 e 2012), houve queda desses três indicadores simultaneamente. Em toda a série histórica, os menores números de homicídios dolosos e roubos foram registrados no mesmo ano (2012)sport da galeraque a letalidade atingiu um dos seus patamares mais baixos no Estado. Naquele ano, foram 419 vítimas de letalidade policial;sport da galera2019, até agosto, o número já é quase três vezes maior.
As declarações de Witzel sobre o tema se acumulam. Em julho, disse: "Se não se entregarem (os bandidos), serão mortos. O recado está dado". Um mês depois, comparou o combate à criminalidade ao combate ao nazismo. "Chamem os especialistas e perguntem como acabamos com o nazismo na Europa. (...) Nós não queremos que pessoas morram. Queremos evitar. E vamos parar? Vamos deixar o crime organizado tomar conta de novo, ocupar as ruas e assaltar de fuzis os shoppings?"
Na semana passada,sport da galeraentrevista para comentar as ações da polícia após a morte da menina Ágatha, no Complexo do Alemão, por um tirosport da galeraque a suspeita de autoria recai sobre policiais, Witzel destacou que os homicídios caíram 21%sport da galera2019. "Se não estivéssemos trabalhando da forma como as polícias estão trabalhando, teríamos hoje quase 800 pessoas mortas (a mais). A nossa missão é resgatar o Estado do Rio das mãos do crime organizado."
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