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A divulgação de um vídeo mentiroso sobre o esvaziamento de um Ceasaapostar em jogos da copaMinas Gerais, feita pelo presidente Jair Bolsonaro, fez reacender a discussão sobre um eventual risco de falta de alimentos no País. Essa hipótese, no entanto, está completamente descartada, segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a não ser que haja paralisação de caminhoneiros.
"O desabastecimento no Brasil só ocorrerá se nós não tivermos o transporte funcionando", disse Tereza Cristina,apostar em jogos da copaentrevista ao Estado. A nossa preocupação hoje, o tempo todo, é trabalhar para que tenha fluxo. Eu falo sobre isso o tempo todo. Na manhã de hoje eu fazia uma conferência com produtores de arroz do sul do País. O que eles me pediram: 'por favor, não deixe os caminhões pararem', porque eles pegam o produto lá e levam embora, mas precisam voltar, para buscar novamente."
PublicidadeO governo tem conversado diariamente com lideranças dos caminhoneiros. O entendimento até agora é de que não há nenhum movimento de paralisação geral, mas preocupação os motoristas que estão nas estradas, já que passam dias viajando sozinhos e, no caminho, podem não encontrar nenhum local de apoio funcionando, como restaurantes, hotéis, borracharias e mecânicas.
"A negociação com os caminhoneiros está andando. O ministro Tarcísio [de Freitas, da Infraestrutura] está numa briga danada, porque tem que garantir a abertura de restaurantes na beira da estrada. O caminhoneiro precisa comer, tomar banho. Ele passa três, quatro dias na estrada fora de casa, para levar a mercadoria", disse Cristina. "Não é porque existe o coronavírus que o caminhão não vai quebrar, não vai precisar de uma mola, da troca de um pneu, de um freio. Essa é a nossa briga diária, para ter o mínimo de condições nas estradas para os caminhoneiros poderem andar."
O Ministério da Infraestrutura tem identificado problemas pontuais de transporte, mas não enxerga nenhuma possibilidade de paralisação dos caminhoneiros.
Tereza Cristina admite que,apostar em jogos da copaalgumas regiões, o transporte é uma preocupação maior, mas que o governo tem atuado para negociar que as rotas não parem de prestar serviço. "Nessa hora que estamos um momento adverso, temos que trabalhar com a normalidade possível. É isso o que nós estamos fazendo. Você não pode obrigar uma pessoa a trabalhar, ele sabe de seus riscos, se a estrada tem mais assistência ou menos. Nós estamos resolvendo no dia a dia. Chega o problema novo, vamos resolvendo. Não dá pra prever tudo."
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