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RIO - A Polícia Civil descobriu que o PM reformado Ronnie Lessa, preso sob acusação de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, monitorou pelo menos um encontro privado da vítima, com seu ex-marido, pouco antes de ser morta.
O relatório final do inquérito apontou que dois dias antes do crime Marielle esteve, por três horas, na casa do cientista social e economista Eduardo Alves, com quem fora casada durante sete anos. A movimentação foi acompanhada por Lessa, embora fosse um compromisso privado, fora da agenda pública da vereadora.
Publicidade"Ela estava muito tranquila e tivemos uma conversa amigável sobre a nossa casa, sobre o que íamos fazer com a casa, essas coisas", contou Alves, de 51 anos, ao Estado. "Também conversamos sobre um convite que ela tinha recebido para um doutorado." As circunstâncias do monitoramento levantaram suspeitas sobre como o policial reformado teve acesso a informações a respeito da vida particular da vereadora, como o endereço do ex-marido.
O cientista social, que já trabalhou como assessor do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), relatou que foi casado com a vereadora de março de 2010 a janeiro de 2017. Mesmo após a separação, mantinham relação de amizade. O encontro foi marcado por meio de aplicativo de mensagens. Chamou a atenção que Lessa tivesse acesso a essa informação, que era privada.
"Não sei se ele rastreou nossa conversa ou não", contou Alves. "Mas ela morou lá naquele endereço durante sete anos."
Os investigadores descobriram quebrabet baixar12 de março, dia do encontro, Lessa pesquisou no Google Maps um endereço na zona norte do Rio. Os policiais constataram que o ex-marido de Marielle mora no endereço e que a vereadora havia estado lá naquele mesmo dia, na parte da manhã.
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