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Quatro anos se passaram desde a madrugada de 27 de janeiro de 2013, quando Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul, entraria para a história como o palco da terceira maior tragédia envolvendo casas noturnas do mundo. Por volta das 3h da manhã daquele dia, um incêndio no interior da boate Kiss acabaria deixando 242 mortos e 636 feridos, colocando o município nas primeiras páginas dos jornais ao redor do planeta. A maior parte das vítimas fatais morreu no local por asfixia decorrente da inalação de fumaça tóxica liberada pela combustão de espuma isolante inadequada.
As chamas começaram a partir de um sinalizador, igualmente utilizado de maneira incorreta: projetado para uso externo, o artefato pirotécnico foi acionado pela banda Gurizada Fandangueira dentro da casa noturna. As chamas rapidamente se alastraram pelo espaço superlotado, impossibilitando a fuga de quase duas centenas e meia de jovens. Muitos dos que conseguiram sair ainda seguem1xbet downloadrecuperação, dependendo de tratamento médico até hoje.
PublicidadeDepois de quatro anos, as cicatrizes seguem marcadas na história da cidade. O prédio onde funcionava a danceteria está fechado, coberto com faixas e pinturas, todas lembrando a tragédia daquela noite e a longa espera pelas decisões da Justiça. O destino do espaço segue incerto, mas o prefeito Jorge Pozzobom assinalou ainda nesta semana com a possibilidade da construção de um memorial no lugar da boate.
Os processos referentes à tragédia se dividem na Justiça. O caso principal -o maior da história da justiça gaúcha- dá conta dos quatro acusados pelos 242 homicídios e segue aguardando sentença. Elissandro Spohr, Mauro Hoffmann, Luciano Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos serão julgados pelo tribunal do júri, mas recorreram do pronunciamento do juiz Ulysses Fonseca Louzada. Ainda não há previsão para o julgamento e a demora é considerada normal, tendo1xbet downloadvista o tamanho e a complexidade da peça.
Além deste caso, há pelo menos outras seis grandes ações tramitando na Justiça gaúcha1xbet downloaddecorrência do caso. São analisados desde hipóteses de inserção ilegal de documentos e falso testemunho -supostamente cometidos por membros do corpo de bombeiros- até a falsificação de um estudo de impacto de vizinhança que facilitou a abertura da boate ainda1xbet download2009. Membros do corpo de bombeiros respondem, também, por utilização de procedimento insuficiente quando da liberação do alvará da casa noturna.
O caso mais peculiar, no entanto, envolve o processo por parte do Ministério Público contra pais de vítimas do incêndio. Sérgio da Silva e Flávio da Silva são acusados de calúnia contra promotores da cidade1xbet downloaddecorrência da confecção de cartazes criticando a atuação do MP no caso. O questionamento dos familiares dá conta da falta de fiscalização por parte do promotor Ricardo Lozza a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) fixado com a casa noturna ainda1xbet download2012.
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