Das unidades de saúde prometidas, a única certeza é que elas não seguem nenhum cronograma. Nesta quinta, 28, deveria ser inaugurado o Hospital de Campanha de São Gonçalo, o que não aconteceu - foi o terceiro adiamento, desta vez por alegado problema de contaminação no piso. Mas até mesmo obras básicas de infraestrutura estão atrasadas, como intervenções no acesso ao hospital
A principal unidade de campanha estadual é a do Maracanã, inaugurado no início deste mês e com capacidade para 400 leitos. Mas a unidade também tem operação bem aquém do esperado. Nesta quinta, havia apenas 117 pacientes internados. Sobre isso, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que "a ocupação de leitos nos hospitais de campanha ecassino da blazeroutras unidades de referência para a covid-19 é feita de forma gradativa, seguindo protocolos para garantir a segurança de profissionais e pacientes".
PublicidadeA unidade do Maracanã é alvo de muitas reclamações, tanto de familiares de pacientes quanto de profissionais que atuam no local. Já houve denúncias de enfermeiros tendo que descansarcassino da blazercolchões colocados no chão, depósito irregular de materiais e falta de insumos.
Uma médica anestesista pediu demissão do hospital logo após seu primeiro dia de plantão. "Tem muito profissional querendo trabalhar, mas infelizmente não dá pra ter estômago pra ver essa atrocidade. O médico, infelizmente, não faz milagre. Ele precisa ter o mínimo pra trabalhar. Aquilo é um CTI de fachada. Não tem nem o mínimo de um CTI", declarou a profissionalcassino da blazervídeo à TV Globo.
A própria SES admite que a unidade do Maracanã enfrenta problemas. Em nota, a secretaria declarou que "técnicos constataram, na última sexta-feira (22), a necessidade da chegada de diferentes medicamentos ao hospital do Maracanã", e acrescentou que "a OS Iabas informou que o desabastecimento não afetou o atendimento aos pacientes internados".
A Organização Social Iabas é a responsável pela construção, entrega e gestão dos hospitais de campanha do Rio, e também está sendo investigada. O Estadão pediu posicionamento à OS, mas ainda não teve retorno.
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