x 365 bet-Misoginia levou criminosos a escolherem Marielle como alvo de execução, diz jornalista

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Jornalista Sérgio Ramalho participou do Terra Agora desta quinta-feira, 31, para falar sobre o julgamento do assassinato de Marielle
31 out 2024 - 18h32
(atualizado às 19h58)
‘Não tenho a menor dúvida’, diz jornalista sobre motivação para assassinato de Marielle
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A questão fundiária levou a milícia a executar uma vereadora do Rio de Janeiro. A misoginia, no entanto, fez com que o alvo recaísse sobre Marielle Franco, mulher preta, de origem pobre e lésbica, avaliou o escritor e jornalista investigativo Sérgio Ramalho ao Terra Agora desta quinta-feira, 31. 

Em meio ao julgamento sobre o assassinato de Marielle, a jornalista Luciana Pioto ouviu Ramalho sobre os desdobramentos do caso, além da cobertura sobre milícias no Rio de Janeiro. O escritor explica que a questão fundiária é um dos pontos que embasam a morte da vereadora. 

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"A própria Marielle, quando estava no primeiro ano de mandato, tentou passar um projeto de lei para mudanças no uso do solo dentro de comunidades do Rio, áreasx 365 betque o Estado falta muito. Ela tinha um projeto para isso e sequer conseguiu colocarx 365 betvotação. Ela volta com essa história no segundo ano e é assassinada logox 365 betseguida", relembra Ramalho. 

Segundo o escritor, antes da execução do crime, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz chegaram a pesquisar outros nomes de políticos ligados ao PSOL, partido que Marielle integrava. "O PSOL exatamente porque o pessoal vinha questionando o uso do solo, principalmente nas favelas do Rio". 

Foto: Portal de Prefeitura

"Eu acho que é muito pragmático e muito triste a escolha da Marielle por ser uma mulher negra, de origem de favela, lésbica. Acharam que matando ela não teria a repercussão que teve, a grande surpresa para esses caras é isso", pontuou Ramalho, citando que os criminosos chegaram a pesquisar outros parlamentares, como Marcelo Freixo e Tarcísio Motta. 

"Existia a preocupação de que eles não sofressem os reflexos dessa opção de executar alguém, eles queriam impor o medo para esse grupo político e eles calcularam que, com uma mulher negra de origem pobre, não teriam repercussão", ressaltou, destacando a misoginia como ponto que levou pela escolha da morte de Marielle. 

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"Eles acabaram pagando por uma escolha que acho que está muito relacionada a misoginia, mesmo, os caras veem mulher como um mero objeto, sendo uma mulher negra e pobre mais ainda,x 365 betcerta medida o castigo começa ali, achando que não daria tanta repercussão", finalizou. 

Após seis anos e meio das execuções de Marielle Franco e Anderson Gomes, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram julgados. Lessa, que atirou contra a vereadora e seu motorista, foi condenado a 78 anos de prisão. Já Queiroz, que dirigiu o veículo no dia do crime, foi condenado a 59. Eles foram condenados por todos os crimes dos quais foram acusados.

Terra Agora vai ao ar toda quinta-feira, às 17h, ao vivo na home do TerraYoutube e nas redes sociais do Terra.

Fonte: Redação Terra

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