Os advogados de Bolsonaro afirmam que ainda não têm informações sobre a conclusão da Polícia Federal. A PF deve encaminhar nesta quinta-feira, 21, o relatório final do inquérito sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, que foi planejada no governo Bolsonaro por aliados.
As investigações apontaram envolvimento do ministro da Defesa, general Braga Netto, vários militares - pelo menos 35, sendo 10 generais e 16 coronéis, que estão sob suspeita.
O plano envolvia o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes, e veio a público após a abertura da Operação Contragolpe na terça-feira, 19. A operação prendeu o general Mário Fernandes, três militares de elite conhecidos como “kids pretos” e um policial federal. Eles teriam planejado o envenenamento do presidente e a eliminação, à bomba, do ministro do STF.
O relatório de 220 páginas com os detalhes da ofensiva já sinalizava o indiciamento de Bolsonaro, apesar de ele não ter sido alvo das diligências.
A PF indicou passagens sobre um suposto envolvimento do ex-presidente com o plano golpista, enfatizando mensagens entre os envolvidos que citavam Bolsonaro. Um dos casos foi um diálogo7games baixar o aplicativo apkque o general Mário Fernandes (alvo principal da Contragolpe e próximo do ex-presidente) comemora que o então chefe do Executivo “aceitou o nosso assessoramento”.
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Também foi apontado que Bolsonaro “enxugou” a minuta do golpe - que circulava entre bolsonaristas no final de seu governo - “com a finalidade de consumar o golpe de Estado”. A PF frisou que,7games baixar o aplicativo apkdezembro de 2022, o ex-presidente “estava naquele momento empenhado para consumação do golpe de Estado, tentando obter o apoio das Forças Armadas”.
A investigação diz que o ministro da Defesa, general Braga Netto, e o secretário-executivo na Presidência, general Mário Fernandes, durante o governo Bolsonaro, aprovaram na casa de Braga Netto a ação dos “kids pretos”, militares de alta performance que atuariam na prisão e execução de Alexandre de Moraes, conforme o plano.
Mário Fernandes é apontado como o autor do plano para eliminar o ministro do STF, o presidente e o vice. A PF identificou que ele imprimiu o plano ‘Punhal Verde e Amarelo’ - que tinha detalhes sobre as execuções - de uma impressora instalada no Palácio do Planalto, por duas vezes: na primeira, o documento foi levado para o Alvorada; na segunda, foi impresso enquanto Bolsonaro estava no prédio.
Foi Fernandes quem imprimiu cópias da minuta para a criação de um “gabinete de crise”, que seria instalado caso o plano fosse, efetivamente, posto7games baixar o aplicativo apkprática para o golpe. No dia seguinte, ele visitou Bolsonaro no Alvorada.
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Além das coincidências entre as ações de Mário Fernandes e as visitas a Bolsonaro, a PF obteve áudios que podem se voltar contra o ex-presidente. Em um deles, há uma conversa entre Mauro Cid e Bolsonaro, no dia 8 de dezembro. Bolsonaro teria afirmado que “qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro e tudo”. Naquele dia, Mário Fernandes esteve no Palácio da Alvorada por quarenta minutos, entre as 17h e as 17h40.
Um dia antes do áudio, houve uma reunião de Bolsonaro com comandantes do Exército e da Marina, para apresentação da minuta do golpe de Estado. Mário Fernandes tinha conhecimento da reunião e pediu a Cid que mostrasse um vídeo ao comandante do Exército, general Freire Gomes, na tentativa de convencê-lo a aderir ao golpe de Estado.
No dia 9, Mário voltou a acionar Cid. Foi então que ele ‘comemorou’ que o então presidente aceitou o “nosso assessoramento”.