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Quase dez meses após a maior tragédia socioambiental do país, a mineradora Samarco apresentou ontem (29) o resultado de um estudo encomendado sobre as causas que levaram ao rompimento da barragem de Fundão, ocorridocbet ggnovembro do ano passado no distrito de Bento Rodrigues, no município Mariana (MG). De acordo com a pesquisa, problemas de drenagem ocorriam desde 2009. Entre as tentativas de reparo, teria sido feita uma ampliação da barragem sobre base instável.
O estudo foi encomendado pela Samarco e pelas suas acionistas Vale e BHP Billiton ao escritório de advocacia dos Estados Unidos, Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP. A apresentação do relatório final foi feita por um dos quatro especialistas responsáveis, Norbert Morgenster, professor emérito de engenharia civil pela Universidade de Alberta, no Canadá.
PublicidadeSegundo ele, é possível que pequenos abalos sísmicos ocorridos antes da tragédia tenham sido o estopim para conclusão do processo de rompimento da barragem, que já estava avançado.
Algumas das conclusões estão de acordo com o constatado pela Polícia Civil de Minas Geraiscbet gginvestigação concluídacbet ggfevereiro. Entre elas, o estudo confirma que o rompimento ocorreu na lateral esquerda da barragem. Nesse local, um recuo da estrutura foi construído apoiadocbet gglama, que estava ali por erros na drenagem. Sobre uma base instável, a obra foi se deteriorando até a consumação da tragédia.
O episódio, que ocorreucbet gg5 de novembro de 2015, deixou 19 mortos, poluiu a bacia do Rio Doce e destruiu grandes áreas de vegetação nativa. Em fevereiro, a Polícia Civil indiciou sete pessoas, entre elas o ex-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi.
Em nota, a Samarco destacou que o escritório responsável pelo estudo foi contratado sob premissa de absoluta independência. A mineradora acrescentou que colaborou plenamente com a pesquisa e que está tendo acesso aos resultados juntamente com a imprensa.
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