hack do mines fezbet de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
A comissão da reforma política da Câmara aprovou um monstrengo. Seu aspecto mais grotesco é o distritão, um sistema eleitoral feito para devastar partidos, substituindo-os por um amontoado de celebridades, endinheirados e caciques de si mesmos. Critica-se o sistema por não existirhack do mines fezbetnenhum outro país, mas isso não é, necessariamente, defeito. Fosse inusitado, porém oferecendo melhores soluções para certa situação política e social, seria prova de nossa inventividade. O problema do distritão é ser o pior sistema eleitoral imaginável, pelos danos que causa à democracia.
Talvez seja só o "bode na sala" para aprovar outra excrescência: a volta das coligaçõeshack do mines fezbeteleições proporcionais. Isso é sugerido pelo fato de que - cúmulo do casuísmo - o "distritão" só valeria para 2022, sendo o atual sistema retomadohack do mines fezbet2026 numa versão piorada - retrocedendo à permissão para partidos coligaremhack do mines fezbeteleições proporcionais (vereador e deputado), burlando o quociente eleitoral e dando sobrevida a partidos sem densidade que lhes permita caminhar com as próprias pernas.
PublicidadeO Brasil tem o sistema partidário mais fragmentado da história das democracias no Legislativo nacional. Isso aumenta os custos da construção de coalizões, além de oferecer ao eleitorado um cardápio infindável de siglas, ininteligível e confuso. As reformas aprovadashack do mines fezbet2017, que agora passariam a valerhack do mines fezbeteleições federais e estaduais, visavam corrigir isso. Pois Arthur Lira e aliados (alguns de ocasião, como PCdoB e PSB) trabalham para produzir tal retrocesso, sem permitir que as reformas produzam seus efeitos para serem avaliadas.
A Câmara, aprovando esse Frankenstein no plenário, deixará para o Senado impedir essa dilapidação democrática. Diferentemente do que bravateou a relatora, Renata Abreu (Pode-SP), o assunto não é só de interesse dos deputados. O assunto interessa a todos os brasileiros e a todos os partidos. Portanto, os senadores têm não só o direito, mas o dever de impedir que esse monstrengo ganhe vida.
*CIENTISTA POLÍTICO NA FGV EAESP, PRODUTOR DO CANAL DO YOUTUBE E PODCAST 'FORA DA POLÍTICA NÃO HÁ SALVAÇÃO'